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12/Jun/2024

Preços do algodão sustentados no mercado interno

Agentes brasileiros continuam dando prioridade aos embarques do algodão em pluma já contratado anteriormente; os lotes são destinados aos mercados externo e interno. Esse cenário atrelado aos preços atrativos das exportações mantém intenso o ritmo de embarques da pluma. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que, em apenas cinco dias úteis de junho, o Brasil já escoou ao mercado externo 50,34 mil toneladas de algodão, se aproximando do volume exportado em todo o mês de junho/2023 (60,3 mil toneladas). A atual média diária de exportação está em 10,07 mil toneladas, bem acima das 2,87 mil toneladas de junho/2023 (+250,5%). Caso esse desempenho se mantenha até o encerramento de junho, os embarques podem somar 200 mil toneladas, o que seria, por sua vez, a maior quantidade para este mês.

Na parcial da safra 2022/2023 (de agosto/2023 até a parcial de junho/2024), o Brasil escoou 2,4 milhões de toneladas, quantidade 65,8% acima da embarcada no total da temporada 2021/2022 (de agosto/2022 a julho/2023), de 1,45 milhão de toneladas. Quanto aos preços, o valor médio da pluma exportada está em 85,80 centavos de dólar por libra-peso nesta parcial de junho, recuo de 3,2% no comparativo mensal (88,66 centavos de dólar por libra-peso), mas aumento de 0,2% no anual (85,66 centavos de dólar por libra-peso). O preço das exportações efetivas está 16,2% superior ao praticado no mercado interno, aqui foi considerada a média desta parcial de junho do Indicador CEPEA/ESALQ à vista, de 73,84 centavos de dólar por libra-peso. Em moeda nacional, a média paga pela pluma exportada está em R$ 4,53 por libra-peso neste início de mês, 16% acima da registrada no mercado interno (Indicador).

A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship) é de R$ 3,93 por libra-peso (73,57 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP) e de R$ 3,95 por libra-peso (73,77 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Paranaguá (PR), com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Na Bolsa de Nova York, os primeiros contratos registram queda, pressionados pelo recuo do petróleo e pelo avanço do dólar no mercado internacional, uma vez que ambos tentem a desestimular o consumo pela fibra norte-americana. O vencimento Julho/2024 registra desvalorização de 1,83% nos últimos sete dias, a 71,81 centavos de dólar por libra-peso; o Outubro/2024 tem baixa de 1,78%, a 72,78 centavos de dólar por libra-peso; o Dezembro/2024 acumula baixa de 2,4% no período, a 71,59 centavos de dólar por libra-peso; e o contrato Março/2025, tem desvalorização de 2,58%, para 73,24 centavos de dólar por libra-peso. Vale ressaltar que, se considerar o acumulado do mês, os contratos caíram com maior intensidade.

Neste início de junho, mais agentes estão ativos no spot nacional, o que tem sustentado os valores internos. Alguns compradores chegam a pagar preços maiores, especialmente em lotes de pluma de qualidade superior, mas outros seguem tentando negociar a cotações menores. Do lado vendedor, apenas uma parcela está mais flexível, atenta às desvalorizações internacionais. Os comerciantes, por sua vez, buscam adquirir pluma para cumprimento dos contratos a termo. Ainda, há um maior ritmo de comercialização envolvendo a pluma da safra 2023/2024 e da safra 2024/2025, sejam eles a valores pré-fixados como, especialmente, a fixar posteriormente, baseados no Indicador e/ou nos contratos da ICE Futures. Assim, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra alta de 0,5% nos últimos sete dias, a R$ 3,94 por libra-peso. No acumulado de junho, a alta é de 1,16%. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.