05/Jun/2024
Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a colheita de algodão em Mato Grosso na safra 2023/2024 deve alcançar 6,29 milhões de toneladas da fibra em caroço, volume 12,08% acima do ciclo 2022/2023. A alta é motivada pela área maior semeada com a cultura nesta safra, de 1,44 milhão de hectares, incremento de 2,51% ante o relatório do mês passado do instituto e 19,77% acima do que foi registrado em 2022/2023. O aumento expressivo de área plantada com algodão em 2023/2024 foi reflexo, principalmente, da menor rentabilidade do milho no ciclo, o que fez com que produtores que já possuíam estruturas necessárias para cultivar algodão optassem por semear a fibra na 2ª safra. Cabe ressaltar que a redução no custo de produção, em virtude da diminuição dos custos com macronutrientes, foi um dos fatores que estimularam nessa tomada de decisão.
Estima-se, assim, que 264,96 mil hectares foram destinados ao algodão de 1ª safra e 1,18 milhão de hectares à fibra da 2ª safra. Em relação ao rendimento médio, a produtividade foi projetada em 291,15 arrobas por hectare, recuo de 6,42% ante a safra passada, que teve produtividade recorde. Apesar da redução ante a safra 2022/2023, o rendimento esperado ainda é o terceiro maior de toda a série histórica do Imea. Isso é reflexo das condições climáticas que favoreceram o bom desenvolvimento do algodão na temporada. Em relação à demanda da fibra, para a safra 2022/2023 foram mantidas as projeções de maio, com 2,19 milhões de toneladas, sendo 1,65 milhão de toneladas destinadas ao mercado externo; 513,89 mil toneladas ao mercado interestadual e 24,16 mil toneladas consumidas em Mato Grosso. Os estoques finais da temporada passada foram projetados em 478,56 mil toneladas.
Para a safra atual, 2023/2024, houve incremento de 2,66% na demanda ante a estimativa de maio, para 2,41 milhões de toneladas. Esse aumento foi reflexo do reajuste positivo na projeção de exportações, que ficou em 1,8 milhão de toneladas (+3,6% ante maio/2024), em virtude da expectativa de maior produção na temporada, somada com a melhora na demanda pela fibra, que já é observada no ciclo 2022/2023. Quanto ao mercado brasileiro, estima-se que 30,53 mil toneladas sejam consumidas por Mato Grosso e que 583,8 mil toneladas sejam vendidas a outros Estados. Por fim, os estoques finais do ciclo ficaram estimados em 682,12 mil toneladas de fibra, aumento de 0,32% ante o relatório passado, reflexo do incremento da produção estimada para a temporada. Porém, deste total, 349,32 mil toneladas já foram vendidas, mas podem não ser escoadas no ciclo da safra 2023/2024, que se encerra em julho de 2024. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.