ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

23/May/2024

Preços do algodão pressionados em mercado lento

A comercialização de algodão em pluma está lenta no mercado nacional e internacional. A liquidez anda limitada, com indústrias abastecidas e demanda reprimida por causa das incertezas macroeconômicas e geopolíticas. Os negócios são pontuais, com a indústria comprando apenas o necessário para suprir a demanda imediata. As negociações no mercado spot nacional são pontuais, principalmente pela dificuldade de acordo entre vendedores e compradores sobre preço e qualidade dos lotes. Alguns vendedores estão mais flexíveis, buscando liquidar estoques da safra 2022/2023, ou precisando de caixa. Outros, porém, continuam firmes nos preços pedidos ou demonstram pouco interesse em realizar novas vendas, priorizando os embarques dos contratos a termo.

Na Bahia, os produtores iniciaram a colheita do algodão da safra 2023/2024 com perspectiva de bom resultado. Desde o dia 1º deste mês, a região sudoeste começou a colher a fibra. Na região oeste da Bahia, que detém 98% da produção, a colheita começou no dia 16 de maio, informou a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). Na região, estão sendo cultivados 339.721 hectares de algodão, sendo 242.489 hectares de sequeiro e 97.231 hectares de algodão irrigado. No sudoeste, a área cultivada é de 5.710 hectares, com praticamente todo o volume em áreas de sequeiro. Segundo a Abapa, a safra foi marcada por decisões importantes desde o plantio. Houve dificuldades no início da semeadura do algodão por causa do fenômeno El Niño, com chuvas irregulares e abaixo da média.

Nos meses seguintes, as chuvas transcorreram normalmente e beneficiaram o desenvolvimento da cultura. Neste início da colheita, a perspectiva é de manter a estimativa inicial de 312 arrobas por hectare e alcançar uma boa qualidade do algodão produzido na Bahia. No mercado internacional, as paridades de exportação e o Índice Cotlook A recuaram nos últimos sete dias. Na Bolsa de Nova York, os primeiros vencimentos registram queda, no mesmo período, influenciados pela desvalorização do petróleo, pelo bom desempenho da safra norte-americana e pela expectativa de maiores estoques. A expectativa é de queda nos preços com a entrada da safra nova brasileira. O plantio da safra 2024/2025 nos Estados Unidos avança com boas expectativas por causa das chuvas nas regiões produtoras, o que pode intensificar essa tendência.

Os preços futuros na Bolsa de Nova York estão pressionados, mas há otimismo para a produção da safra 2024/2025 em virtude da previsão de chuvas. Apesar do cenário de baixa liquidez no mercado spot, as exportações brasileiras continuam em bom ritmo e já superam a estimativa mensal. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que, em 12 dias úteis de maio, as exportações brasileiras somam 141,4 mil toneladas, volume expressivamente maior (+134,4%) que o escoado em todo o mês de maio/23 (60,32 mil toneladas), mas ainda 41,4% menor que o embarcado em abril/2024 (241,5 mil toneladas). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.