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09/May/2024

Preços do algodão pressionados pela fraca demanda

As indústrias têxteis estão abastecidas no Brasil, com estoques alongados de algodão, e demandam pouca fibra no mercado interno. A oferta superior à demanda pressiona e os preços da pluma vêm cedendo no País. os estoques de algodão que poderiam ser suficientes para três meses estão durando mais, até cinco meses, em função da demanda reprimida por artigos feitos com a fibra natural no País. O Indicador do algodão em pluma está em queda, cotado a R$ 3,80 por libra-peso (-0,37%). Em dólar, o Indicador está cotado a US$ 74,98 centavos de dólar por libra-peso (-0,33%). Na Bolsa de Nova York, incertezas externas, como problemas geopolíticos e oscilações do petróleo têm pressionado as cotações futuras.

Nos últimos sete dias, o vencimento maio/2024 tem desvalorização de 4,32% nos últimos sete dias, a 76,56 centavos de dólar por libra-peso; julho/2024, com recuo de 5,47%, a 77,06 centavos de dólar por libra-peso; outubro/2024, 3,66%, a 76,16 centavos de dólar por libra-peso, e o contrato dezembro/2024 -3,76%, para 75,31 centavos de dólar por libra-peso. Nesta quarta-feira (08/05), os ganhos na Bolsa de Nova York foram sustentados em parte pelo fortalecimento do petróleo, que diminui a competitividade de fibras sintéticas e pode estimular a demanda por algodão. Compras de oportunidade também deram suporte. O vencimento julho da pluma subiu 256 pontos (3,30%), e fechou a 80,06 centavos de dólar por libra-peso.

Entretanto, o cenário geral é de pressão sobre os preços. A perspectiva de colheita da fibra no Brasil pode alcançar 3,5 milhões de toneladas em 2023/2024, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). É uma safra grande em um ano de cautela. A China, o principal consumidor mundial da fibra, também enfrenta desaceleração econômica e crise no mercado imobiliário, que pode inibir o consumo de algodão. Em relação ao bom nível de exportações de algodão verificado neste ano no Brasil, o setor produtivo tem a aproveitado "janelas de oportunidade".

O momento é de demanda mais pontual de algodão; as janelas de exportação sempre existiram, mas ultimamente elas estão 'mais curtas'. Então, por mais que as exportações brasileiras estejam em bom ritmo este ano, o 'encurtamento das janelas de vendas externas' também contribui para que os estoques brasileiros da fibra sejam altos, pressionando os preços internos. No acumulado do ano até abril, o Brasil exportou 230,47% mais algodão em comparação com igual período do ano passado, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), alcançando 1,002 milhão de toneladas. Em receita, o valor acumulado é 237,27% maior, com US$ 1,928 bilhão. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.