11/Apr/2024

O mercado interno de algodão segue travado neste início de abril, com poucas negociações, situação típica do período de entressafra da fibra. As tradings estão abastecidas e realizam apenas negócios pontuais, em caso de necessidade. A expectativa de compradores no momento é para a chegada da safra 2023/2024. Com dificuldades para vender, os produtores acabam aceitando as condições para liquidar os lotes remanescentes da safra passada. As cotações do algodão começaram o mês de abril em queda, mas reagiram no encerramento da primeira semana do mês. Ainda assim, a média da parcial de abril está na casa dos R$ 4,00 por libra-peso, a menor desde janeiro deste ano.

O Indicador com pagamento em 8 dias caiu 2,13% na terça-feira (09/04) e está cotado a R$ 3,98 por libra-peso. Nos últimos 30 dias, a queda foi de 2,63%. As oscilações mostram que o mercado está em busca de um direcionador de preços. Ainda há muita dificuldade para encontrar lotes com qualidade, mas os produtores estão dispostos a negociar para se capitalizarem. Até mesmo as tradings já estão ofertando a fibra no mercado doméstico a patamares inferiores, diante das quedas internacionais. Já as exportações permanecem aquecidas, ainda que tenham perdido o ritmo nas últimas semanas. Tradings estão exportando porque o mercado externo é mais atrativo do que o doméstico. Mas, há alguma dificuldade nos negócios devido à disponibilidade do algodão norte-americano.

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), houve queda de 2% nos embarques do Brasil em março, que somaram 252,78 mil toneladas. A receita com as vendas externas também recuou, saindo de US$ 488,17 milhões em fevereiro para US$ 485,39 milhões em março. No acumulado do ano, o País exportou 761,09 mil toneladas de algodão até o dia 4 de abril. Para a próxima safra, os negócios também estão lentos. Especula-se que foram negociados entre 50% e 60% do volume previsto a ser colhido, mas com o aumento da produtividade começa-se a falar que o nível possa estar entre 45% e 50%. Historicamente, nesta época do ano, entre 65% e 75% da safra já foi comercializada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.