08/Mar/2024
O mercado interno de algodão registra baixa movimentação, reflexo das oscilações da pluma na Bolsa de Nova York. Os preços externos continuam favorecendo as exportações. As cotações ainda estão muito acima do Indicador Esalq e as tradings não dão descontos sobre os preços da Bolsa de Nova York. No mercado, há dificuldade de encontrar lotes de melhor qualidade. O ritmo segue forte nas exportações. Até julho, quando fecha o ciclo, a expectativa é de embarques totais de 2,8 milhões de toneladas. Quem precisa de algodão com mais qualidade enfrenta dificuldades, pois o produto está sendo direcionado ao mercado externo. No momento, as indústrias estão parcialmente abastecidas. A partir de julho, com a entrada da nova safra, os preços tendem a ceder.
O mercado da fibra teve mais liquidez em fevereiro, mas a falta de acordo quanto a preço e os problemas de qualidade dos lotes limitaram as negociações. A cotação interna do algodão em pluma subiu 9,46% no acumulado de fevereiro de 2024, maior variação já registrada em um mês desde julho de 2023 (aumento de 9,73%). A segunda quinzena de fevereiro foi o período em que foram observados os maiores valores internos. Os vendedores ficaram mais firmes nos preços, atentos às fortes valorizações externas. As indústrias não demonstram interesse em novas compras, entregando apenas contratos já negociados. Com as altas expressivas na Bolsa de Nova York, a oferta é grande, mas faltam compradores. Em relação à próxima safra, há otimismo. Além da maior produção, a disponibilidade da pluma deve ocorrer mais cedo que no ciclo anterior.
Isso deve tirar um pouco a pressão sobre a indústria, mas o produtor vai entregar o que já negociou, enquanto as vendas para as tradings dependerão da disponibilidade. Relatório mensal do Conselho Consultivo Internacional do Algodão (Icac) apontou produção mundial de algodão de 24,31 milhões de toneladas na temporada 2023/2024, que começou oficialmente em agosto. O volume representa queda de 2,13% ante a estimativa para a temporada 2022/2023, de 24,84 milhões de toneladas. O consumo global em 2023/2024 deve aumentar 0,30% ante a temporada anterior, para 23,75 milhões de toneladas. As exportações também devem aumentar 12,5%, para 9,07 milhões de toneladas. Os estoques finais devem crescer 2,73%, para 21,81 milhões de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.