07/Feb/2024
As cotações do algodão em pluma estão em alta no mercado brasileiro, com suporte do avanço dos preços internacionais e da maior atratividade das exportações. A demanda interna ainda está restrita, com indústrias apontando dificuldades nas transações de manufaturados e buscando negociações a valores inferiores. Porém, as empresas com baixos estoques e/ou em busca de fibra de qualidade superior se dispuseram a pagar preços maiores. Após cair leve 0,32% no acumulado de janeiro, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra alta de 2,03% nos últimos sete dias, cotado a R$ 4,01 por libra-peso. Desde meados de dezembro/2023, o Indicador tem oscilado entre R$ 3,90 por libra-peso e R$ 4,04 por libra-peso, com média de R$ 3,98 por libra peso.
A melhor remuneração para exportação continua estimulando negócios ao mercado internacional envolvendo tanto a pluma da temporada 2022/2023 como das próximas. A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship) é de R$ 4,12 por libra-peso (82,86 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP) e de R$ 4,13 por libra-peso (83,07 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Paranaguá (PR), com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Na Bolsa de Nova York o vencimento Março/2024 tem avanço de 3,3% nos últimos sete dias, a 87,04 centavos de dólar por libra-peso; Maio/2024 apresenta aumento de 2,87%, a 88,03 centavos de dólar por libra-peso; Julho/2024, 2,51%, a 88,52 centavos de dólar por libra-peso; e Outubro/2024, 1,55%, para 83,68 centavos de dólar por libra-peso.
Dados divulgados no dia 1º de fevereiro pelo Comitê Consultivo Internacional do Algodão (Icac) estimam produção mundial da safra 2023/2024 em 24,481 milhões de toneladas, recuo de 0,32% frente às informações do início de janeiro/2024 e de 1,46% sobre a temporada anterior. O consumo mundial de algodão, por sua vez, ficou praticamente estável de um mês para o outro, e levemente maior que o da temporada 2022/2023 (+0,36%), para 23,762 milhões de toneladas. Assim, o consumo pode ficar 2,94% inferior à oferta. Para a exportação mundial, projeta-se aumento de 10,42% frente à safra anterior, mas apenas 0,24% abaixo dos números divulgados em janeiro, para 8,899 milhões de toneladas na temporada 2023/2024. Dessa forma, o estoque final deve somar 22,012 milhões de toneladas, com elevação de 3,7% em relação à temporada 2022/2023, e baixa de somente 0,22% sobre os dados de janeiro/2024. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.