23/Mar/2023
O Itaú BBA destacou que a previsão de retomada das importações de algodão australiano pela China tem potencial para afetar as vendas da pluma do Brasil e dos Estados Unidos ao país asiático. A China, maior consumidora mundial de algodão, costumava comprar 70% do suprimento da Austrália. Em 2022, contudo, o volume foi de 20 mil toneladas, muito abaixo das 400 mil toneladas importadas em 2019. O retorno da Austrália impõe mais um competidor ao Brasil neste importante mercado. Outros fatores relacionados à demanda a serem observados são a economia global e os sinais de que a inflação no mundo ainda não foi controlada. A possibilidade de a taxa de juros dos Estados Unidos continuar subindo nos próximos meses pode ter efeito negativo nos preços internacionais de algodão.
Importante destacar a possibilidade de confirmação do El Niño no segundo semestre do ano e seus efeitos para as safras de algodão da Índia, Paquistão e da Austrália. As lavouras podem ser prejudicadas por chuvas (monções) abaixo da média e secas no Sudeste Asiático. A possibilidade da ocorrência de um El Niño coloca um alerta para as safras da Ásia. Além disso, os primeiros números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a safra norte-americana 2023/2024 indicam forte redução da área de algodão no país, para 4,4 milhões de hectares, 21% abaixo dos 5,6 milhões de hectares plantados na safra 2022/2023 e menor área desde a safra 2016/2017. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.