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03/Mar/2023

Projeção da safra brasileira de algodão 2022/2023

A Agroconsult projeta que a safra brasileira de algodão some 3,04 milhões de toneladas na safra 2022/2023, crescimento de 20,9% ante a temporada anterior, de 2,52 milhões de toneladas colhidas em 2021/2022. As previsões climáticas para março e abril são animadoras para a safra de algodão. O preço do algodão atualmente está mais próximo de 80,00 centavos de dólar por libra-peso com perspectiva de que a demanda internacional volte em meados de 2023 com a retomada do crescimento internacional. A área de algodão da safra 2022/2023, que está sendo plantada do Brasil, tende a alcançar 1,67 milhão de hectares, aumento anual de 2,2% ante a temporada anterior. A previsão inicial era de 1,750 milhão de hectares, mas alguns produtores preferiram plantar milho do que algodão, para não semear fora da janela ideal.

Apesar do atraso, o plantio avançou e a maior parte do algodão foi plantada dentro do calendário de baixo risco climático, não necessariamente dentro da janela ideal. O plantio da safra 2022/2023 de algodão foi bastante satisfatório na janela de baixo risco, porque os produtores que entrariam no alto risco preferiram o milho. A perspectiva é de produtividade próxima de 120 arrobas de pluma de algodão por hectare em Mato Grosso, principal Estado produtor, e de 130,2 arrobas de pluma por hectare na Bahia. As perspectivas são boas e a expectativa é de que não falte chuva em março. Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul foram mais castigados por excesso de chuva, o que afetou o desenvolvimento das lavouras no início da cultura. Há necessidade de redução das chuvas na região.

Para as exportações, a previsão para safra 2022/2023 é de 2,18 milhões de toneladas, avanço de 15,34% ante 1,89 milhão de toneladas exportadas em 2021/2022. Há chance de o Brasil superar as exportações dos Estados Unidos no milho e se aproximar no algodão. A rentabilidade da safra brasileira de algodão deve ficar em 26 arrobas de pluma por hectare em Mato Grosso ante 59 arrobas de pluma por hectare em 2021/2022. Mesmo com produtividade cheia, a rentabilidade esperada é pior do que nos dois últimos anos em que não houve safra cheia em Mato Grosso. Isso está relacionado com custo maior do que preço. Para 2023/2024, o custo de produção aponta para queda, com formação de custo bem menor do que foi o recorde de 2022/2023, em virtude da queda dos fertilizantes e defensivos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.