24/Fev/2023
A negociação de algodão está lenta nesta semana em virtude do Carnaval, com muitos compradores e vendedores ainda ausentes das negociações no mercado disponível e para a safra 2022/2023. Os preços seguem apresentando pouca variação. O Indicador Cepea/Esalq com pagamento em 8 dias está cotado a R$ 5,25 por libra-peso, acumulando queda de 0,04% no mês. Os preços médios mensais do algodão em pluma operam praticamente estáveis há quatro meses. Depois da significativa queda de 14,6% de setembro/2022 para outubro/2022, a média mensal do Indicador Cepea/Esalq, com pagamento em 8 dias, vem, desde novembro, operando nas casas de R$ 5,20 e R$ 5,30 por libra-peso.
Esse cenário é influenciado pela paridade de exportação, mesmo diante de oscilações um pouco maiores para o Índice Cotlook A e o dólar. A média mensal do Indicador nesta parcial de fevereiro é de R$ 5,24 por libra-peso, 15,4% superior à paridade de exportação. As indústrias atuantes no spot têm indicado valores mais baixos para novas aquisições. Ainda há dificuldade na aprovação dos lotes disponíveis, devido à baixa oferta de pluma de maior qualidade. Os produtores, focados na semeadura do algodão e no desenvolvimento das lavouras, se mantêm firmes nas pedidas, estando capitalizados ou fazendo receita com a soja. O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) informou que a semeadura da safra 2022/2023 de algodão em Mato Grosso avançou 14,55% em uma semana, para 96,17%.
O plantio da pluma está 2,54% atrasado em relação ao reportado em igual período do ciclo anterior, de 98,71%. Também há atraso ante a média dos últimos cinco anos, de 98,50%. Embora o menor volume de chuvas nas últimas duas semanas tenha contribuído para uma evolução mais rápida dos trabalhos de campo, o atraso na colheita de soja atrasou o plantio de algodão em Mato Grosso. As áreas plantadas dentro da janela ideal (até 31 de janeiro) representam menos de 60% da área total estimada para o Estado. As áreas semeadas após esse período têm maior risco quanto ao desenvolvimento produtivo da pluma, uma vez que a escassez hídrica em Mato Grosso, historicamente, tem início no mês de maio. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.