09/Dez/2022
O aumento nos preços do algodão e do frete não desfez a ascensão da indústria de vestuário, mas a reversão desses custos pode ajudar a aumentar os gastos dos consumidores com marcas de roupa no ano que vem. Depois de começar a subir em 2021 e ter atingido a máxima em 11 anos em maio, os preços da pluma voltaram a cair, diante de uma piora nas perspectivas de consumo. As empresas de vestuário administraram bem os custos na alta, em parte porque os problemas na cadeia de suprimentos no ano passado, como inundações severas no Paquistão e a seca nos Estados Unidos, que foram agravados pelas paralisações das fábricas no Vietnã, significaram estoques mais baixos em geral.
Porém, a indústria deve enfrentar grande incerteza em 2023, em virtude de uma inflação contínua que tende a desviar as prioridades de gastos dos consumidores. Em contrapartida, a China, que é um importante fabricante e consumidor de roupas, parece estar relaxando sua política de bloqueio relacionado ao aumento de casos de Covid-19. Isso poderia elevar os preços do algodão novamente. Somado a isso, se a demanda do consumidor diminuir no próximo ano, as empresas de vestuário podem ser tentadas a dar grandes descontos, desistindo de seus maiores valores. Os preços das roupas já estão caindo: a inflação de vestuário em outubro moderou para 4,1% em relação ao ano anterior, abaixo do pico de 6,8% em março, de acordo com o Bureau of Labor Statistics dos Estados Unidos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.