22/Jul/2022

O algodão cedeu abaixo do patamar de R$ 6,00 por libra-peso no Brasil, o que não ocorria desde o começo de novembro do ano passado. Embora os futuros na Bolsa de Nova York registrem alta de 5,81% nos últimos sete dias, a entrada da safra 2021/2022 contribui para o recuo. O Indicador Cepea/Esalq com pagamento em 8 dias está cotado a R$ 5,98 por libra-peso. A queda acumulada no mês de julho é de 5,64%. Muitos compradores seguem fora de mercado, adquirindo apenas o necessário para manter as atividades e esperando a entrada de um volume maior. Os produtores estão mais firmes nos valores indicados no spot, apontando ter boa parte da produção já comprometida.

Quanto à nova safra, a colheita e o beneficiamento ainda estão no início, e a produtividade ainda é incerta em algumas áreas, o que faz com que agentes aguardem uma intensificação das atividades para poder cumprir programações e, então, retomar as negociações. O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) revisou a estimativa de exportação da pluma do Estado em 2020/2021 para 1,23 milhão de toneladas, ante 1,227 milhão de toneladas previstos anteriormente. O volume ainda é 25,28% menor que o escoado na safra passada. Esse recuo é reflexo da menor produção da fibra na temporada, devido aos problemas climáticos que comprometeram o rendimento da pluma no Estado. O consumo interestadual e o consumo interno do Estado apresentaram recuo ante o último relatório, pautado principalmente pelo menor desempenho econômico no Brasil.

Os embarques de Mato Grosso ao exterior estão previstos em 1,474 milhão toneladas de pluma na safra 2021/2022, que está sendo colhida, embora abaixo do total de 1,523 milhão de toneladas projetadas no relatório anterior. Em relação ao consumo nacional, a demanda interestadual deve alcançar 456,42 mil toneladas, recuo de 2,86% ante ao relatório passado. Esse cenário é puxado pela valorização no preço da pluma nos últimos meses, somado às incertezas quanto ao crescimento econômico no País. A estimativa de consumo em Mato Grosso caiu de 22.488 toneladas para 22.018 toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.