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08/Jul/2022

Preço do algodão cai e afasta vendedor do mercado

A negociação de algodão no disponível segue com pouca liquidez no Brasil. Após as quedas recentes dos futuros na Bolsa de Nova York e consequente recuo nos preços internos, os vendedores estão retraídos, concentrados na colheita e no beneficiamento da safra 2021/2022, enquanto consumidores projetam adquirir a pluma por valores ainda mais baixos. O Indicador Cepea/Esalq com pagamento em 8 dias está cotado a R$ 6,02 por libra-peso. Em julho, a perda acumulada chega a 5%, após uma queda de 22,08% no mês anterior. Na Bahia, o algodão que ficou pronto até o momento está sendo direcionado para cumprimento de contratos fechados previamente. Pouco algodão é ofertado no spot.

Os preços caíram bastante e há uma retração de produtores. Enquanto isso, fábricas acreditam que o preço vai ceder mais. As indústrias indicam estar compradas até o mês que vem e fixam lotes adquiridos on call junto a tradings. As cotações do algodão em pluma caíram ao longo de junho, influenciadas pela desvalorização externa, pela queda na paridade de exportação e pela posição mais flexível de vendedores nacionais. Atentos a esse cenário, os compradores indicam valores ainda menores na aquisição de novos lotes, o que reforça o movimento de baixa nos preços internos. Nos últimos dias, contudo, os vendedores estão mais firmes nos preços, o que limita a tendência de baixa.

Na Bahia, com a quebra de produtividade no Estado de 100 mil toneladas aproximadamente, a safra local deve ficar em torno de 500 mil toneladas. Os grandes produtores estão muito vendidos e pode até faltar algodão. Para a safra 2022/2023, tradings sinalizam 900 pontos acima do contrato dezembro de 2023 FOB no Porto de Santos (SP). O basis não mudou, mas os preços na Bolsa de Nova York cederam em relação aos níveis em que rodaram negócios duas semanas atrás. Para 2023/2024, chegaram a sair acordos por 300 pontos acima do vencimento dezembro de 2024, mas não há mais interesse de compra e tampouco vendedores ofertam lotes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.