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27/Mai/2022

Têxteis: exportação tem avanço no 1º quadrimestre

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), impulsionada pela maior demanda em mercados vizinhos e favorecida pelo câmbio, a indústria têxtil e de confecções registra um aumento significativo nas vendas ao exterior neste ano. De janeiro a abril, as exportações do setor alcançaram US$ 396,3 milhões, alta de 29,61%. Houve alta nas vendas para países como Colômbia (61,64%), Peru (56,8%) e Argentina (36,2%). A importação cresce a taxas mais tímidas. No primeiro quadrimestre, as compras do setor aumentaram 9,82%, alcançando US$ 1,89 bilhão. Isso se deveu, principalmente, à alta no preço médio do produto importado, que foi de 38,9% no período. Com isso, a balança comercial têxtil acumula um déficit de US$ 1,49 bilhão no ano.

Nos últimos anos, houve um direcionamento de produtos para o mercado externo com as incertezas no campo doméstico. O varejo tem surpreendido, mas a produção têxtil não acompanhou. Além do Real apreciado, é decisivo para o aumento das exportações a abertura e conquista de mercados neste setor. É extremamente disputado e há todo um processo, diferente das commodities. Precisa ter esse fortalecimento ao longo do tempo para que, nos momentos em que a macroeconomia é favorável, os resultados surjam com melhor ênfase. Em abril, houve aumento de 20,13% nas exportações ante o mesmo mês de 2021. As importações subiram 5,83%. Apenas no segmento de vestuário, as exportações cresceram 43,61% no quadrimestre, alcançando US$ 58,2 milhões. Ainda assim, o valor é bem menor do que o comprado de fora do País, que totalizou US$ 576,9 milhões no período, um aumento de 42,56%.

A entidade defende a aceleração de acordos comerciais para que a indústria brasileira possa acessar mercados como Estados Unidos e Canadá com taxas reduzidas. Além disso, é necessário aumentar a competitividade da indústria nacional e reduzir burocracias e o chamado “custo Brasil”. Não é possível ficar só na dependência do câmbio, porque ele é flutuante. É necessário para o Brasil voltar a crescer e conquistar mercados mundiais. Há oportunidades para o setor no Brasil com a necessidade já expressada por países como os Estados Unidos e da Europa de trazer as cadeias de produção para mais perto e para “países amigos”. O Brasil tem uma grande perspectiva na agenda da bioeconomia e pode se beneficiar bastante desse novo posicionamento geopolítico mundial. Mas, além de estar mais perto dos mercados consumidores, tem que ter o produto, inovação, preços. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.