17/Mai/2022
Segundo o Itaú BBA, os preços futuros do algodão na Bolsa de Nova York devem seguir firmes no curto prazo, em meio ao balanço global apertado entre oferta e demanda e à alta das cotações do petróleo. Os últimos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre a oferta e demanda global da pluma voltaram a apontar para uma redução dos estoques globais na safra 2021/2022 frente ao ano anterior diante do desequilíbrio do balanço, com a demanda ainda se sobrepondo à produção.
O USDA estima produção mundial de algodão de 25,8 milhões de toneladas na safra 2021/2022 e consumo de 26,8 milhões de toneladas. Em contrapartida, as primeiras projeções para a safra 2022/2023 apontam para o aumento da oferta maior que a demanda, o que pode trazer alívio no balanço mundial. Aliado a isso, o cenário de inflação global corroendo a renda da população ao redor do mundo, atrelado ao aumento de juros internacionais, que pode tirar fôlego do crescimento global, poderão afetar a capacidade da indústria de seguir repassando as altas da pluma para o consumidor final.
Contudo, preocupações em relação à área e à produtividade da pluma para safra 2022/2023 dos Estados Unidos e sobra do volume da produção brasileira podem dar mais sustentação às cotações, já que podem limitar o potencial de crescimento da produção total esperada na próxima temporada. No Brasil, nos patamares de preços futuros atuais para a safra 2022/2023, a rentabilidade do algodão deverá voltar a se assemelhar à de outras culturas menos intensivas em capital. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.