25/Abr/2022
A negociação de algodão avança pouco no mercado disponível no Brasil. Do lado da demanda, as fábricas enfrentam dificuldade de repassar o preço da matéria-prima para os fios. Da parte da oferta, há poucos lotes sendo colocados no mercado. Os preços seguem acima de R$ 7,00 por libra-peso, mas vêm oscilando entre altas e baixas. As indústrias estão com muita dificuldade de repasse para o preço dos produtos. Algumas fábricas reduziram produção ou vêm estudando reduções, enquanto outras mantêm atividades. Indústrias com necessidades mais urgentes precisam desembolsar entre R$ 7,25 e R$ 7,30 por libra-peso para obter suprimento. Os produtores também já não têm tanto algodão para ofertar.
Com as altas recentes dos futuros, eles não têm pressa em negociar. Os preços não caem porque não tem pressão de venda. A negociação antecipada das safras 2021/2022, que está no campo, e 2022/2023, que será plantada no fim do ano, vêm registrando avanços, mas com pouco volume. Para 2022, os produtores já comercializaram bons volumes e agora preferem aguardar, enquanto para 2023 estão inseguros com relação à aquisição e ao recebimento de fertilizantes em virtude do conflito Rússia-Ucrânia. Além disso, o contrato dezembro de 2023 está com preço 30% abaixo do mesmo vencimento para este ano.
Para a safra 2021/2022, os vendedores indicam R$ 6,35 por libra-peso, para entregas a partir de agosto na Região Sudeste, mas muitas indústrias fecharam os últimos negócios por valores bem mais baixos e agora preferem aguardar. Para exportação, a indicação está 800 pontos acima do vencimento dezembro da Bolsa de Nova York ou R$ 1,20 por libra-peso FOB no Porto de Santos (SP). Para 2022/23, a indicação de compra para exportação está 700 pontos acima do contrato dezembro de 2023 ou R$ 1,00 por libra-peso FOB no Porto de Santos (SP). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.