13/Jan/2022
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o plantio de algodão da safra 2021/2022 atingiu 35% da área prevista até o dia 6 de janeiro. A semeadura ultrapassou um terço da área projetada, apesar do excesso de chuvas nas regiões produtoras. A implantação das lavouras da fibra está ocorrendo em oito Estados: Bahia (83%), Goiás (72%), Maranhão (44%), Minas Gerais (70%), Mato Grosso do Sul (75%), Mato Grosso (18%), Piauí (81%) e São Paulo (83%). No Paraná, o plantio foi concluído. Foi mantida a previsão de cultivo de 1,547 milhão de hectares com algodão na safra 2021/2022, alta de 13,5% em relação à temporada anterior. Apesar da recuperação, a área deverá ser inferior à temporada 2019/2020, pré-pandemia.
A estimativa para a produção nacional permaneceu em 2,71 milhões de toneladas, volume 16,5%% superior ao colhido na temporada 2020/2021. Além disso, 61% da safra 2021/2022 já foram comercializados pelo produtor. Em relação à temporada passada (2020/2021), 99% da safra havia sido beneficiada até o dia 6 de janeiro. Com o beneficiamento da pluma praticamente encerrado no Brasil, o algodão tem sido direcionado do produtor ao mercado comprador. Um total de 93% foi analisado pelo método High Volume Instrument (HVI) que avalia as características intrínsecas da fibra. A Abrapa estima também que 95% da safra, de 2,33 milhões de toneladas, já foi vendida pelos produtores. Restam, ainda, 50% da projeção de exportação e 58% do consumo doméstico para serem atendidos até julho de 2022.
Nos cinco primeiros meses de comercialização da safra 2020/2021, de agosto a dezembro do ano passado, foram exportadas 831,1 mil toneladas de algodão. O volume é 31,4% menor que o registrado em igual período de 2020. A retração deve-se à menor produção e ao atraso na colheita da safra 2020/2021. A receita com vendas totalizou US$ 1,452 bilhão no acumulado da safra. A China foi o principal destino das vendas externas da pluma, respondendo por 36% dos embarques brasileiros no período ou 300 mil toneladas. Apesar do recuo no volume total, nove países aumentaram as importações brasileiras, com destaque para Itália (+3,3 mil toneladas), Filipinas (+900 toneladas) e Japão (+500 toneladas). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.