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15/Dez/2021

BA: clima favorecendo plantio da safra 2021/2022

Segundo a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), os produtores de algodão da Bahia já plantaram cerca de 40% da área estimada para a safra 2021/2022, de um total de 290,3 mil hectares dedicados à cultura. As primeiras plantas germinadas chegam com bom vigor e, até agora, o clima tem favorecido as lavouras. O Estado deve ter um incremento de área plantada com a commodity de cerca de 9%, em relação a 2020/2021. A produção estimada é de 563 mil toneladas de algodão beneficiado (pluma), com produtividade esperada de 1.937 quilos por hectare.

O índice de ocorrência da praga bicudo do algodoeiro na entressafra foi o menor em cinco safras. O bom desempenho ocorre por diversos fatores, alguns de menor influência, como sazonalidade e clima, e outros respondem quase na totalidade pelo resultado. É o caso das boas práticas, ao longo da cadeia produtiva, de combate e controle do bicudo, como a destruição das tigueras e soqueiras, plantas voluntárias de algodão que nascem à beira das estradas ou nas áreas de rotação de culturas, além do respeito aos períodos de vazio sanitário e das boas práticas de acondicionamento e transporte de algodão em capulho ou de semente de algodão.

Para comparar a infestação na última entressafra com as anteriores, usa-se um índice conhecido como B.A.S (Bicudo por Armadilha por Semana), obtido através da análise semanal de armadilhas de feromônio estrategicamente posicionadas. No período de vazio sanitário de algodão que precedeu à semeadura da safra 2020/2021, após as 11 leituras semanais, nos 18 núcleos do Programa Fitossanitário da Abapa, a marca alcançada foi de BAS 0,40, classificada na faixa “azul” de infestação da praga.

Esta é a primeira vez, desde 2017 (quando o BAS foi 0,53), que o estado entrou na faixa azul. Pela referência usada para o BAS, a faixa verde tem índice zero de bicudo. A azul vai de 0,01 até 1 bicudo por armadilha. De 1,01 a 2, considera-se faixa amarela, e, acima de 2, faixa vermelha. Segundo dados do Programa Fitossanitário da Abapa, nos vazios de 2018, 2019, e 2020, os índices foram, respectivamente, 2,36, 6,76 e 4,36, todos considerados faixa “vermelha” de infestação. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.