14/Set/2021

De acordo com projeção do adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília, a produção de algodão no Brasil deve somar 2,678 milhões de toneladas na temporada 2021/2022, que será plantada no fim deste ano. O número é uma revisão ante a previsão anterior de 2,722 milhões de toneladas. Apesar do corte, o volume representa aumento de 9% ante a estimativa para a safra 2020/2021, que está sendo colhida, de 2,458 milhões de toneladas. A revisão ocorreu por causa dos desafios de rentabilidade da safra e da recuperação econômica e comercial mais lenta diante da pandemia de Covid-19.

Além disso, o algodão enfrenta uma competição crescente com a soja e o milho. Enquanto os produtores se beneficiam dos altos preços do algodão, os custos de produção também estão subindo, reduzindo as margens de lucro. A rentabilidade para o algodão deve ficar apertada para os produtores brasileiros na próxima safra. Foi reduzida também a estimativa para a área plantada, de 1,5 milhão de hectares em 2021/2022 para 1,45 milhão de hectares, ante 1,37 milhão de hectares semeados no ciclo 2020/2021 (alta de 6%). Para 2021/2022, o rendimento foi projetado em 1.847 quilos por hectare, acima da previsão anterior de 1.814 quilos por hectare e 3% superior ao projetado para a temporada anterior, de 1.794 quilos por hectare.

As exportações esperadas na temporada 2021/2022 foram elevadas de 1,785 milhão de toneladas para 2,417 milhões de toneladas ante 2,4 milhões de toneladas a serem vendidas para o mercado externo em 2020/2021, aumento de 0,7%. O volume exportado pelo Brasil em 2021/2022 pode ser recorde. As exportações continuam sendo estimuladas pela desvalorização da moeda doméstica. A previsão para consumo doméstico foi ajustada de 675 mil toneladas em 2021/2022 para 631 mil toneladas, queda de 5% em relação ao estimado para o ciclo atual, de 665 mil toneladas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.