09/Ago/2021

Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a recuperação do preço e do consumo mundial de algodão deve estimular o aumento da área plantada com a cultura no Brasil na safra 2021/2022 ante a temporada anterior. Os preços da fibra voltaram a ser rentáveis para o produtor com retomada do consumo mundial da pluma. Na safra 2020/2021, que está sendo colhida, o País semeou 1,367 milhão de hectares com algodão, queda de 18% ante o ciclo anterior.

Em junho do ano passado, o produtor reduziu a área plantada com algodão e aumentou a área com soja e milho diante da queda do preço da fibra. No auge da pandemia, as cotações do algodão caíram de 70,00 centavos de dólar por libra-peso para 48,00 centavos de dólar por libra-peso. O custo de produção é de 62,00 centavos de dólar por libra-peso. Os preços não estavam compensando o cultivo.

A redução da área plantada não foi ainda maior porque o produtor e exportador brasileiro necessitava manter os mercados externos conquistados, especialmente na Ásia, e cumprir com o pagamento de investimentos. Além da melhora dos preços, outro ponto que contribui para as perspectivas positivas para incremento de área plantada é a recuperação no consumo mundial de algodão.

No auge da pandemia de Covid-19, o consumo mundial de algodão caiu para 22 milhões de toneladas. Este ano, a demanda global pela pluma se recuperou e é estimada em 26,3 milhões de toneladas. No início da pandemia, os consumidores restringiram a compra de roupas. Agora, os consumidores preferem mais roupas confortáveis, como as feitas com algodão. O Brasil é o quarto maior produtor de algodão do mundo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.