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25/Jun/2021

Preços do algodão recuam com as vendas fracas

Os preços do algodão no mercado brasileiro seguem em baixa, com demanda restrita de fábricas para pronta entrega e o recuo recente do dólar ante o Real. Para as entregas a partir de julho, da safra 2020/2021, as indústrias vêm se abastecendo com volumes ofertados por tradings internamente, enquanto os produtores retêm lotes diante das dúvidas sobre o tamanho da safra. O indicador Cepea/Esalq com pagamento em 8 dias está cotado a R$ 4,71 por libra-peso. No mês de junho, a queda acumulada é de 6,45%. Mesmo com a manutenção do comércio aberto, o consumo de têxteis ainda dá sinais de fraqueza com a crise causada pela pandemia de Covid-19. Além disso, o frio demorou a chegar.

A maioria das indústrias não está atuante no spot na expectativa de valores mais baixos com a entrada da safra. Os compradores acreditam que o preço pode cair e, além disso, não estão vendendo fio. Há fábricas reduzindo a produção. Por outro lado, a ponta vendedora está retraída. Da safra 2020/2021, há lotes no mercado disponível apenas do algodão de São Paulo, onde a colheita começou em maio. Para entrega em agosto até dezembro, a indicação é de R$ 4,60 por libra-peso. Por enquanto, os produtores evitam ofertar volumes. Em Mato Grosso, os produtores não têm mostrado interesse em negociar diante das incertezas sobre quanto vão colher. A prioridade será cumprir os contratos fechados previamente. Os que têm saldo para negociar vão segurar para vender no mercado interno na entressafra, de fevereiro e março em diante.

Quem está ofertando lotes da safra 2020/2021 são tradings, na faixa de 600 a 700 pontos acima do vencimento dezembro para entregas em julho e agosto, o que equivaleria a pelo menos R$ 4,51 por libra-peso posto na Região Sudeste. É quase o mesmo preço que produtor está indicando para retirar em Mato Grosso. Há registro de negócios nesta semana por até R$ 4,60 por libra-peso, para entrega em indústrias da Região Sudeste de agosto a dezembro. Para a safra 2021/2022, a indicação de compra era de 200 a 300 pontos acima do contrato dezembro do ano que vem FOB no Porto de Santos (SP). Há registro de negócios nesses patamares, porém não de volumes expressivos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.