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23/Jun/2021

Preços do algodão em baixa e maior movimentação

Aos poucos, a colheita da nova safra brasileira de algodão 2020/2021 é iniciada. Agora, indústrias e produtores buscam se planejar e intensificar as negociações do produto da nova temporada, especialmente para entrega nas próximas semanas. No geral, observa-se oferta mais abundante por parte de tradings, que optam por redirecionar o produto ao mercado interno, que, por sua vez, também é abastecido pela pluma de pequenos e médios produtores, que normalmente negociam apenas com indústrias domésticas. Do lado da demanda, as recentes desvalorizações do dólar e dos contratos internacionais acabam diminuindo a paridade de exportação, levando compradores a reduzirem os valores para novas aquisições. Assim, a pressão compradora prevalece. Ressalta-se, contudo, que os negócios para entrega em julho estão em linha com os valores atuais praticados no spot, o que pode indicar uma certa resistência para novas quedas de preços no médio prazo.

O Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, está cotado a R$ 4,87 por libra-peso, queda de 1,9% nos últimos sete dias. Ainda assim, a média do Indicador na parcial deste mês ainda está 20% acima da paridade de exportação e, inclusive, acima dos valores registrados no extremo leste asiático (produto posto na China, representado pelo Índice Cotlook A). No campo, dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) indicam que, até o dia 17 de junho, apenas 1% da área total do Brasil havia sido colhida. Por estado, o Paraná colheu 80% do total, seguido de São Paulo (62%), Minas gerais (7%), Mato Grosso do Sul (5%), Maranhão (2%) e Bahia e Tocantins (ambos com 1,5%). A colheita em Mato Grosso também já foi iniciada, mas de forma incipiente. Nas três primeiras semanas de junho, as exportações brasileiras de pluma já somam 70,7 mil toneladas, ainda 38,6% abaixo do registrado em maio/21, mas já superior a todo o volume de junho do ano passado, de 56,7 mil toneladas.

O preço médio da exportação está em 79,97 centavos de dólar por libra-peso, próximo do registrado em maio/2021 (79,06 centavos de dólar por libra-peso), mas 19,4% acima do valor médio de junho/2020. Vale considerar, contudo, que o dólar estava a R$ 5,20 em junho/2020, caindo para R$ 5,06 na parcial do atual mês. A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship) é de R$ 4,07 por libra-peso no Porto de Santos (SP) e de R$ 4,08 por libra-peso no Porto de Paranaguá (PR), com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Nos últimos sete dias, o primeiro vencimento da Bolsa de Nova York registra desvalorização de 1,01%, indo para 84,09 centavos de dólar por libra-peso. O contrato de Outubro/2021 está cotado a 85,96 centavos de dólar por libra-peso, e o Dezembro/2021, a 85,19 centavos de dólar por libra-peso, ambos com queda de 1,1% no período. O contrato Março/2022 está cotado a 85,08 centavos de dólar por libra-peso. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.