24/Mai/2021
O Brasil deve se tornar o maior exportador mundial de algodão em menos de cinco anos. O mundo ainda não está ciente do potencial do Brasil como produtor e exportador de algodão. O Brasil pode assumir o papel, no mercado de algodão, muito semelhante ao que aconteceu com o milho. Para este ano, as exportações brasileiras devem superar as do ano passado, considerando que o País vendeu 908 mil toneladas de algodão somente entre janeiro e abril, ante 2,125 milhões de toneladas exportadas no acumulado de 2020.
Quanto à produção, a colheita brasileira no ciclo 2021/2022 deve ficar acima de 3 milhões de toneladas, se o clima colaborar. Assim, em breve, o Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos também em produção. A produção de algodão brasileira vai continuar crescendo, apesar de problemas pontuais de clima, com produtividade crescente. Em relação aos preços globais, a volatilidade das cotações das commodities deve continuar. O clima na região produtora do Texas (EUA) será determinante para as cotações da pluma nos próximos meses, com a ocorrência ou não de chuvas no radar do mercado.
Se o clima não colaborar, os futuros para dezembro na Bolsa de Nova York podem atingir US$ 100,00 por libra-peso nos próximos 60 dias. A demanda mundial pela commodity vem crescendo, com previsão de consumo global em 35,7 milhões de toneladas em 2020/2021 e 36,4 milhões de toneladas em 2021/2022. Há um movimento de forte retomada do mercado de algodão, puxado por pacotes de auxílios governamentais em vários países. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.