16/Abr/2021
As condições climáticas das principais regiões produtoras de algodão do Brasil nos próximos meses exigem atenção do mercado. A preocupação é especialmente quanto à Região Nordeste, onde a previsão é de volume de chuvas abaixo do normal, podendo afetar as lavouras do oeste da Bahia. Em compensação, para Mato Grosso, maior produtor nacional de algodão, a estimativa é de nível de precipitação dentro da normalidade, o que não deve trazer prejuízos para a produção local.
A safra brasileira de algodão 2020/2021, que entra no mercado a partir de julho, deve ser aproximadamente 17% menor que a da temporada anterior, em virtude de retração na área plantada e menores índices de produtividade. O plantio de algodão foi afetado pelo ciclo atrasado da soja, fazendo com que parte das lavouras tenha sido semeada fora da janela ideal, o que pode resultar no desenvolvimento da cultura em um clima não tão adequado, em condições mais adversas para as lavouras. Sobre os preços, a perspectiva é de que as cotações da pluma continuem sustentadas, em virtude da forte demanda externa pelo produto brasileiro, além da menor produção local.
É esperado que o Brasil registre a primeira redução de estoques finais em cinco anos, o que favorece a manutenção de preços elevados no País. Contudo, o fator que pode limitar esse movimento de preços é o arrefecimento do consumo. A vacinação mais lenta do Brasil, a possibilidade de terceira onda da pandemia de Covid-19 e as restrições de isolamento social podem afetar o consumo do setor têxtil no curto prazo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.