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05/Abr/2021

Preços do algodão recuando no mercado brasileiro

Os preços do algodão estão em viés baixista, pressionados pelo receio sobre o efeito das restrições ao varejo no desempenho da indústria têxtil. Em março, o Indicador Cepea/Esalq com pagamento em 8 dias teve recuo de 4,96%. Algumas indústrias já se cobriram com algodão para entrega em abril e estão querendo comprar só para maio. Os preços seguem abaixo dos patamares de um mês atrás em virtude das quedas recentes dos futuros. O vencimento maio teve queda de 9,12% em março, o câmbio está volátil e há dificuldade de repasse do custo de matérias-primas na cadeia em virtude do fechamento de lojas para evitar a disseminação da Covid-19. Algumas indústrias já pediram para postergar um pouco os embarques.

O mercado de algodão em pluma registrou dois momentos distintos em março. Nos primeiros dias do mês, os valores internos subiram, movimento que já vinha sendo observado em janeiro e em fevereiro, tendo como impulso a demanda aquecida, a posição firme de vendedores e a baixa oferta de pluma no spot nacional. Nos dias seguintes, o elevado preço interno e as incertezas geradas pelo novo avanço da Covid-19 no Brasil, que resultaram em restrições de circulação de pessoas e em fechamento do comércio em muitas cidades, afastaram agentes de indústrias do mercado spot. Nesse contexto, a oferta começou a superar a demanda, e os preços passaram a cair. No geral, apenas compras pontuais envolvendo pequenos volumes foram registradas, até porque agentes priorizaram o uso do algodão em estoque e de recebimento de contratos a termo.

Do lado do vendedor, os produtores que seguraram a fibra até agora e não têm necessidade de caixa vão esperar um pouco mais, na expectativa de que os preços se recuperam. Tradings ofertam lotes no mercado interno de acordo com a conjunção de futuros e câmbio do dia. Para a safra 2021/2022, a negociação não avança após os atrasos no plantio. Há uma certa incerteza com relação à próxima safra, devido à possibilidade de problemas climáticos. AS indústrias devem acompanhar o desenvolvimento para avaliar possíveis danos de qualidade em caso de intempéries e, dependendo do resultado, podem esperar para se abastecer com tradings. As fábricas estão reticentes por causa da incerteza sobre o mercado interno com a pandemia. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.