23/Out/2020

Os preços futuros do algodão na Bolsa de Nova York se recuperaram ao longo do terceiro trimestre em virtude do afrouxamento das medidas de distanciamento social para contenção da pandemia do novo coronavírus na Europa, nos Estados Unidos, na China e no Brasil. O algodão rompeu no começo de outubro o nível de 70,00 centavos de dólar por libra-peso, o que não ocorria desde o início do ano. Essa conjuntura, considerando a macroeconomia, corroborou para a recuperação das cotações. Os preços tiveram suporte nas condições climáticas desfavoráveis nos Estados Unidos. Além da seca no Texas, principal Estado produtor dos Estados Unidos, outras áreas de cultivo do cinturão cotonicultor tiveram lavouras prejudicadas por furacões, tempestades tropicais, ventos e chuvas fortes.

A perspectiva é de uma produção aquém do observado no último ano-safra. Para a safra 2020/2021 do Brasil, os custos de produção da fibra subiram, o que, combinado com a queda das cotações na primeira metade do ano, sinalizam para um recuo do plantio no País. Essa expectativa é reforçada pela competição com o milho, que tem registrado altas de preço no País. A perspectiva por enquanto é de redução da área plantada. Existe ainda a possibilidade de que a janela de plantio de algodão 2ª safra seja prejudicada pelo atraso no plantio e na colheita de soja. Quanto ao clima para o plantio da fibra, por enquanto, o quadro para os próximos meses é de chuva dentro ou abaixo do normal no oeste da Bahia, segundo maior Estado produtor atrás de Mato Grosso. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.