13/Ago/2020
A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), que representa a indústria têxtil nacional, apresentou um balanço que mostra queda de 22% da produção do setor no primeiro semestre, como resultado da parada do comércio de vestuário na quarentena iniciada em meados de março para conter o contágio de coronavírus.
A produção de vestuário teve queda de 36,6% de janeiro a junho, comparativamente ao mesmo período de 2019, conforme números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor começa a dar sinais de recuperação, mas é preciso cautela, pois esta retomada pode ser muito puxada pelo coronavoucher, um estímulo, portanto, não sustentável a longo prazo.
As previsões apontam para uma queda de 19,5% da produção têxtil em 2020, com recuperação no ano que vem, que terminaria com aumento de 8,1%. A tendência é de recuperação lenta, que deve se estender até meados de 2021 para a indústria têxtil se reerguer completamente do choque provocado pela pandemia.
O uso de capacidade instalada no setor têxtil, que chegou a cair para cerca de 30% no auge do isolamento social, em abril, está agora entre 55% e 60% e, se tudo correr bem, pode chegar a 70% a 75% até o fim do ano. Muita gente que não tinha renda passou a ter renda. Mas, o auxílio emergencial será renovado, mas reduzido. A recuperação vai depender do que vai ser posto no lugar do auxílio emergencial. A expectativa é de que o auxílio seja estendido porque o desemprego vai crescer e a população está mais pobre. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.