05/Ago/2020
Segundo o Itaú BBA, os preços do algodão no Brasil devem seguir influenciados pelo ritmo da volta das compras das fiações no mercado doméstico e pelo fluxo das exportações antecipadamente negociadas. Apesar dos sinais de recuperação de atividade econômica em algumas regiões do globo, recente pesquisa da Federação Internacional dos Fabricantes de Têxteis (ITMF) com 700 empresas do setor têxtil indicou que a quantidade de contratos cancelados pode alcançar 31% em 2020.
Caso não sejam observados cancelamentos, os preços no Brasil podem voltar a ser cotados próximos da paridade de exportação. Para 2020/2021, embora as negociações de fixação de contrato tenham diminuído dado os riscos de mercado e dos preços atuais, a combinação dos preços futuros na Bolsa de Nova York com o câmbio ainda possibilita o travamento de preços em Reais que ajudam a cobrir os custos denominados em moeda nacional.
As cotações da fibra aumentaram no País em julho, apesar da queda dos futuros e da valorização do Real. A justificativa para isso vem da baixa oferta no spot, notadamente de pluma de qualidade superior, com vendedores focados em atender apenas os contratos realizados antecipadamente. Quanto aos preços internacionais, as cotações na Bolsa de Nova York devem seguir pressionadas nos próximos meses.
Ainda deve prevalecer no mercado a expectativa de mais um ano de superávit global na safra 2020/2021 mesmo levando em consideração a projeção de crescimento de consumo global do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de 10% no próximo ano safra, após a queda prevista de 15% na safra corrente, e da queda da produção no mundo de 5,5%. Entretanto, a temporada de furacões nos Estados Unidos pode trazer suporte aos preços caso haja ameaça clara às lavouras norte-americanas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.