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15/Jun/2020

Tendência é de sustentação dos preços do algodão

Parte dos compradores e dos vendedores tem retomado as negociações envolvendo algodão em pluma neste mês. A liquidez, contudo, tem sido limitada pela disparidade entre os valores indicados por compradores e vendedores e pela baixa disponibilidade de pluma dentro das especificações desejadas. Além disso, algumas indústrias ainda não têm previsão de quando voltam ao mercado. Como ainda tem sido verificado o carregamento de contratos a termo, parte dos compradores deve continuar abastecida no curto e médio prazo, podendo limitar o avanço da comercialização da pluma neste mês. Outras empresas se mostram estocadas, seja de matéria-prima ou de produtos acabados. Assim, quando compradores entram no mercado, exercem pressão sobre os preços, mas sem sucesso quando buscam lotes de maior qualidade. No geral, especialmente os comerciantes procuram lotes para cumprir programações. Do lado vendedor, os agentes permanecem firmes nos valores indicados para entrega imediata.

A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship), Porto de Paranaguá (PR), é de R$ 2,98 por libra-peso, com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Há um enfraquecimento na comercialização da pluma destinada à exportação. Na Bolsa de Nova York, os contratos são impulsionados pela alta no valor do petróleo no mercado internacional e pela desvalorização do dólar. Ambos tendem a aumentar o interesse pela pluma norte-americana. Em relatório divulgado no dia 9 de junho, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicou que a área semeada da safra 2019/2020 no Brasil está estimada em 1,67 milhão de hectares, estável frente ao relatório anterior (-0,02%), mas 3,2% acima da área da temporada 2018/2019. A produtividade deve ser apenas 0,6% superior, depois do reajuste positivo de 0,26% frente ao relatório de maio/2020. Assim, a produção brasileira está prevista em 2,89 milhões de toneladas (+3,9% na comparação com a safra passada).

O clima vem favorecendo o desenvolvimento das lavouras e a colheita deve ser intensificada neste mês e mais concentrada entre julho e agosto. Em Mato Grosso, houve reajuste negativo (-0,28%) de maio para junho, tanto na estimativa de área semeada quanto na produção, que ficaram em 1,17 milhão de hectares e em 2 milhões de toneladas, mas ainda são, respectivamente, 6,7% e 7% maiores se comparadas às da temporada 2018/2019. A produtividade ficou estável, em 1,716 quilos por hectare, mas 3,2% superior à safra passada. A área semeada na Bahia para a safra 2019/2020 permanece prevista em 315,1 mil hectares (-5,1% frente à temporada passada). A produtividade e a produção no Estado aumentaram, respectivamente, 1,34% e 1,35% frente ao relatório anterior, indo para 1,812 quilos por hectare (+0,7% se comparada à 2018/2019) e 571 mil toneladas (-4,5% frente à 2018/2019). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.