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05/Jun/2020

Preços do algodão em alta e negociações pontuais

As negociações de algodão para pronta entrega, transcorrem em ritmo lento no mercado brasileiro. Os Compradores com maior necessidade de suprimento cedem para conseguir realizar novas aquisições. Ainda assim, muitas indústrias ainda pressionam as ofertas, uma vez que relatam baixa liquidez de produtos têxteis no varejo. O Indicador Cepea/Esalq com pagamento em 8 dias acumula alta de 0,48% no mês, após ter fechado maio com ganho de 1,64%. Muitas empresas ainda consomem seus estoques de matéria-prima, mas os carregamentos de contratos a termo vêm sendo liberados mesmo em ritmo lento. A flexibilização das medidas de isolamento por parte do governo do Estado de São Paulo deve fazer com que algumas indústrias retomem as atividades neste mês. Do lado da oferta, começam a chegar ao mercado lotes da safra 2019/2020 de Mato Grosso do Sul, além das cargas de São Paulo, onde a colheita já está mais adiantada.

As exportações brasileiras de algodão totalizaram 69,553 mil toneladas em maio, queda de 16,1% ante igual período do ano passado (82,898 mil toneladas). O volume também ficou 23,2% abaixo do observado em abril, quando o Brasil embarcou ao exterior 90,561 mil toneladas. A receita com os embarques ao exterior somou US$ 104,18 milhões, o que significa recuo de 26,1% em relação a maio de 2019 (US$ 141,06 milhões) e queda de 26,3% na comparação com abril (US$ 141,39 milhões). No acumulado de 2020, o volume de algodão já embarcado chega a 779,300 mil toneladas, somando os dados preliminares de maio com os números consolidados do Agrostat até abril. O total é 66% maior do que em igual intervalo de 2019 (469,364 mil toneladas). A receita nos cinco primeiros meses deste ano totaliza US$ 1,22 bilhão, 52,6% a mais do que em igual período de 2019 (US$ 800,25 milhões).

O Comitê Consultivo Internacional de Algodão (Icac) destacou que o consumo global deve cair 11,3% em 2019/2020, para 23 milhões de toneladas. O comércio global de algodão deve recuar 9,6%, para 8,34 milhões de toneladas. Com a expectativa de a produção aumentar 2%, para 26,2 milhões de toneladas, os estoques podem crescer para 21,75 milhões de toneladas, o maior patamar em cinco anos. O consumo da China, maior consumidor mundial, deve cair 12%, para 7,25 milhões de toneladas. A Índia também deve ter queda de 12%, para 4,75 milhões de toneladas. Outros importantes importadores que terão redução de consumo são Paquistão (-7%), Turquia (-8%), Vietnã (-8%) e Bangladesh (-25%). Para o Brasil, o consumo deve ser 11% menor. Nos Estados Unidos, os investidores estão atentos a como ficará a demanda chinesa pela fibra norte-americana após notícias de que o algodão estaria incluído em recomendação do governo chinês às estatais de que evitassem compras de produtos agrícolas dos Estados Unidos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.