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22/Abr/2020

Mercado de fios: coronavírus interrompe negócios

Diante das medidas adotadas para conter o avanço da pandemia de coronavírus no Brasil, dentre elas o fechamento de centros comerciais, lojas e shoppings, não há liquidez no mercado de fios na parcial de abril. Boa parte dos pedidos realizados anteriormente, com entregas programadas para este mês, foi adiada e/ou cancelada. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção no segmento de “preparação e fiação de fibras têxteis” caiu 1,4% entre fevereiro/2019 e fevereiro/2020 (dados mais recentes disponíveis), enquanto entre fevereiro/2018 e fevereiro/2019 a queda havia sido de 5%. O segmento de “tecelagem, exceto malha” aumentou 1,2% entre fevereiro/19 e fevereiro/20, contra a queda de 4,6% registrada no período anterior; “fabricação de tecidos de malha” registrou baixa de 0,8% (contra -2,2%) e “fabricação de artefatos têxteis, exceto vestuário” cedeu 1,1% (-0,6% entre fevereiro/18 e fevereiro/19).

O segmento de “confecção de artigos do vestuário e acessórios” aumentou apenas 0,1% entre fevereiro/19 e fevereiro/20 (contra baixa de 2,6% registrado anteriormente) e o de “fabricação de artigos de malharia e tricotagem” recuou 1,2%. No período anterior, a baixa havia sido de expressivos 12,2%. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicam que, em março/2020, o dispêndio com as importações totalizou US$ 381,7 milhões, aumento de apenas 0,2% frente ao mês anterior, mas baixa de 5,8% em relação ao de março/2019. Quanto à receita obtida com as exportações, somou US$ 306,2 milhões em março/2020, queda de 13% frente à do mês anterior e elevação de 28,2% se comparada à do mesmo período de 2019.

Assim, a balança comercial no primeiro trimestre de 2020 ficou superavitária, em US$ 25,6 milhões. Para os demais segmentos, o único que registrou superávit em março foi o de fibras têxteis, com US$ 209,5 milhões, aumento de 32,4% frente há um ano (US$ 158,2 milhões). O de confecções, por sua vez, registrou déficit de US$ 148,2 milhões, 20% menor que o do mesmo período do ano anterior. Em seguida, o segmento de tecidos teve saldo negativo, de U$S 59,2 milhões, 20,8% inferior ao déficit de março/2019; o de outras manufaturas ficou deficitário em US$ 31,4 milhões, aumento de 21,1% no mesmo comparativo. Para o segmento de filamentos, o saldo negativo foi de US$ 31,5 milhões, 16,8% maior frente ao terceiro mês de 2019, enquanto o de fios aumentou 30,4% no mesmo comparativo, para US$ 15,1 milhões. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.