08/Abr/2020
Segundo o Itaú BBA, os preços do algodão podem seguir pressionados por um cenário mais pessimista para a demanda, pela desaceleração da economia global e pela redução dos preços do petróleo. Enquanto a paralisação de fábricas em muitos países por causa das medidas de contenção do coronavírus tende a limitar a procura por algodão, o recuo do petróleo aumenta a competitividade do concorrente, a fibra sintética.
Já é possível notar aumento do cancelamento de pedidos de importantes países importadores da pluma nos números semanais de exportação dos Estados Unidos. Em nações exportadoras de têxteis, também foi detectado movimento semelhante. No Brasil, o mercado perdeu liquidez nas últimas semanas tanto para negociação no spot quanto futura com a retração de tradings e fiações locais. Contudo, o algodão pode obter sustentação de uma possível revisão para baixo da próxima safra de importantes produtores da pluma, como Estados Unidos e Índia.
Um acordo entre Rússia e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sobre cortes na produção também seria altista para os preços da fibra. Diante de um cenário mais desafiador para os preços do algodão, produtor deve ficar atento às oportunidades para se proteger de quedas adicionais para níveis que comprometam a rentabilidade das safras futuras. Períodos de volatilidade como o atual podem trazer boas janelas de fixação para a taxa de câmbio, o que ajuda na composição dos preços em Reais. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.