03/Abr/2020
A logística de escoamento dos grãos que estão sendo colhidos no Brasil é uma das principais preocupações do setor, quando se considera os efeitos da pandemia do coronavírus para o agronegócio brasileiro. A colheita está acelerada, não há risco de desabastecimento, mas tudo depende da eficiência da logística no mundo todo. Ainda são três a quatro meses até a pandemia acabar, e ao mesmo tempo é preciso trens, portos e canais de escoamento abertos. Entre 60% e 70% dos insumos necessários para a próxima safra já foram importados, mas ainda precisam chegar à ponta consumidora.
Tudo isso precisa ser movimentado pelo Brasil. Até agora, não há problemas, mas há dúvidas sobre a situação nos próximos meses. Apesar de as fábricas de matérias-primas para defensivos chinesas já estarem operando normalmente, ainda assim pode haver oferta mais restrita de algumas moléculas de produtos usados por produtores brasileiros. É possível que a produção brasileira de algodão caia na próxima safra, em decorrência da pandemia do coronavírus no mundo.
A demanda pela fibra costuma cair durante crises de grande alcance. Sempre que há um problema muito grave no mundo, o preço do algodão cai vertiginosamente e muito rápido, o consumo também. Então, pode acontecer no ano que vem é uma queda da produção. Contudo, a safra de algodão desta temporada já está plantada e que entre 70% e 80% da produção esperada já foi vendida por preços remuneradores. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.