25/Mar/2020
A movimentação no mercado doméstico de algodão em pluma ficou ainda menor nestes últimos dias. O cenário de incertezas diante da pandemia do novo coronavírus tem afastado agentes das negociações. Os compradores mostram baixo interesse em novas aquisições e as indústrias pedem prorrogação e/ou cancelamento dos carregamentos, cenário acentuado com o fechamento de shoppings e centros comerciais. Os vendedores ativos, por sua vez, se mantêm firmes nos preços pedidos. Assim, os negócios ocorrem apenas de forma pontual e os embarques dos contratos a termo também têm perdido o ritmo. Neste cenário, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra alta de 1,3% nos últimos sete dias, cotado a R$ 2,94 por libra-peso.
Na parcial de março, o Indicador acumula alta de 0,97%. A média mensal está em R$ 2,92 por libra-peso, 2,54% maior que a média de fevereiro/2020, mas 5% abaixo da de março/2020. Mesmo com o dólar em alto patamar, os preços internacionais registram queda nos últimos dias. Esse movimento e as incertezas quanto aos impactos da pandemia deixam tradings afastadas dos negócios antecipados para os mercados interno e externo. Na Bolsa de Nova York, os contratos são pressionados pela expectativa de menor demanda mundial por vestuário diante da pandemia, pelo recuo nas vendas da pluma norte-americana e pelas quedas no preço do petróleo. Assim, os contratos registraram, no início desta semana, os menores patamares desde suas respectivas aberturas.
O vencimento Maio/2020 apresenta desvalorização de 11,31% nos últimos sete dias, cotado a 52,15 centavos de dólar por libra-peso, e Julho/2020 tem queda de 12,81%, a 51,54 centavos de dólar por libra-peso. O contrato Outubro/2020 registra queda de 11,16% (52,87 centavos de dólar por libra-peso e o Dezembro/2020, de 11,59%, a 52,77 centavos de dólar por libra-peso. A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship), Porto de Paranaguá (PR), é de R$ 3,01 por libra-peso, com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.