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11/Mar/2020

Tendência é de alta do algodão com maior liquidez

Muitos agentes do mercado de algodão em pluma estão mais ativos neste início de março, especialmente os vendedores. Assim, a liquidez é maior, com os negócios realizados envolvendo lotes heterogêneos e com ao menos uma característica e também pluma de qualidade superior. Parte dos compradores, no entanto, considera que os preços da pluma estão elevados, fator que impede um número ainda maior de negócios. Neste cenário, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra alta de 0,63% nos últimos sete dias, cotado a R$ 2,94 por libra-peso, o maior valor nominal desde meados de abril/2019. Quanto ao dólar, segue atingindo novos recordes nominais. A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship), Porto de Paranaguá (PR), é de R$ 2,99 por libra-peso, com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Assim, os negócios para entrega no mercado externo até cresceram frente ao ritmo verificado no encerramento de fevereiro, mas foram limitados pelas quedas na Bolsa de Nova York.

O mercado de exportação continua sendo abastecido especialmente por tradings, que já tinham contratos firmados anteriormente. Estes agentes têm acirrado a disputa pela pluma no mercado interno, uma vez que seguem ofertando valores superiores aos de indústrias. Na Bolsa de Nova York, os valores são pressionados pelo avanço do coronavírus, que tem deixado em dúvidas o progresso da economia global, e pela desvalorização do petróleo. O contrato Março/2020 está cotado a 61,39 centavos de dólar por libra-peso, queda de 3,29% nos últimos sete dias. O vencimento Maio/2020 está cotado a 61,21 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 3,42% no mesmo comparativo; Julho/2020 fechou em 61,91 centavos de dólar por libra-peso, queda de 3,36%; o Outubro/2020, em 62,16 centavos de dólar por libra-peso, retração de 2,88%, e Dezembro/2020, a 62,11 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 3,41%. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações brasileiras de algodão em pluma caíram 45% frente ao mês anterior, totalizando 169,9 mil toneladas em fevereiro.

Porém, em comparação ao mesmo período de 2019 (93,9 mil toneladas), registrou expressiva alta de 80,8%. Entre agosto/2019 e fevereiro/2020, foram exportadas 1,51 milhão de toneladas, aumento de 60,5% frente à quantidade transacionada entre agosto/2018 e fevereiro/2019 e 15,1% maior que todo a safra anterior (agosto/2018 a julho/2019), referente à pluma de 2017/2018. O preço médio para a exportação de pluma foi de 71,56 centavos de dólar por libra-peso (FOB porto brasileiro) em fevereiro, elevação de 0,4% frente ao mês anterior, mas queda de 7,3% ante a igual período do ano passado. O faturamento caiu 44,7% em comparação ao de janeiro, ficando em US$ 268,1 milhões. De agosto/2019 a fevereiro/2020, a receita soma US$ 2,41 bilhões, 6,9% superior à obtida de agosto/2018 e julho/2019. Em relatório divulgado nesta terça-feira (10/03), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta recuo de 1,9% na área semeada no Brasil na safra 2019/2020 frente aos dados de fevereiro/2020, totalizando 1,67 milhão de hectares.

Para Mato Grosso, não houve mudança (mantendo a elevação de 6,2%), mas, para a Bahia, a queda foi de 10% em relação ao relatório anterior, indo para 315 mil hectares, recuo de 5,1% frente à temporada 2018/2019. Em comparação com a safra 2019/2020, a produtividade brasileira apresentou aumento de 3,01%, indo para 1,708 quilos por hectare em março. Em Mato Grosso, o rendimento deve crescer 4,24%, indo para 1,712 quilos por hectare e, na Bahia, 0,1%, a 1,740 quilos por hectare. Quanto à produção brasileira da próxima temporada, entre os relatórios de fevereiro/2020 e março/2020, houve aumento de 1,05%, a 2,85 milhões de toneladas, 2,7% maior que o volume produzido na safra 2018/2019. Mato Grosso apresentou alta de 4,24% na produção, totalizando 1,99 milhão de toneladas. No entanto, na Bahia, há possível recuo de 9,9% frente ao relatório passado e queda de 8,2% frente a 2018/2019, indo para 548,3 mil toneladas. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.