27/Fev/2020
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) espera que os preços do algodão na safra 2020/2021 sejam beneficiados por uma crescente demanda e queda na oferta fora da China após a epidemia de coronavírus. Com as recentes notícias de avanço do vírus pela Europa, no entanto, a previsão é considerada bastante otimista, especialmente do lado da demanda. Para o USDA, os efeitos negativos da epidemia do coronavírus seriam sentidos apenas na safra 2019/2020.
As estimativas do USDA apontam para uma redução da área plantada de algodão em 9% na safra 2020/2021 nos Estados Unidos. A previsão se baseia no fato de o preço do algodão estar relativamente desfavorável em relação a outros produtos, como milho e soja, além da alta taxa de abandono da commodity, prevista pelo USDA como média no período, em virtude da redução menos acentuada da área cultivada. Assim, a expectativa é que a produção norte-americana diminua de 20,1 milhões de fardos no ano anterior para 19,5 milhões de fardos em 2020/2021.
No cenário global, o USDA arrisca uma estimativa de que a área plantada seja 4% menor, principalmente por causa da queda de 3% na produção da Índia, uma das principais potências produtoras do mundo. Uma área menor também é prevista no Brasil, enquanto é esperado um aumento nas produções da Austrália e do Paquistão, porém sem volume suficiente para reverter a previsão de déficit global. Com o declínio nos Estados Unidos e produção praticamente inalterada na China, a produção global deve cair 2,3% na safra 2020/2021. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.