05/Fev/2020
Nos últimos 30 dias, os primeiros vencimentos da Bolsa de Nova York (ICE Futures) registraram queda, pressionados pela tensão entre Estados Unidos e Irã, mas principalmente pela desvalorização do petróleo no decorrer de janeiro. Além disso, os contratos foram influenciados pelo receio quanto aos efeitos que o coronavírus pode causar. O contrato Março/2020 registrou baixa de 2,2%, para 67,50 centavos de dólar por libra-peso, Maio/2020 caiu para 68,31 centavos de dólar por libra-peso (-2,6%), o Julho/2020 para 69,19 centavos de dólar por libra-peso (-2,5%). O relatório do Comitê Consultivo Internacional do Algodão, divulgado no dia 3 de fevereiro, aponta que a comercialização mundial na temporada 2019/2020 pode ser de 9,4 milhões de toneladas, elevação de 2% frente à anterior. Ainda que as importações da China recuem 14%, o país deve continuar sendo o principal comprador, com 1,8 milhão de toneladas.
Ao mesmo tempo, as produções do Paquistão e da Turquia devem cair para 1,35 milhão de toneladas e 815 mil toneladas, respectivamente. Assim, prevê-se que as importações paquistanesas aumentem para 967 mil toneladas e as turcas, para 818 mil toneladas. O Comitê indica que a América Latina deve atender parte dessa demanda adicional. A expectativa é de que a produção brasileira permaneça em alta, chegando a 2,76 milhões de toneladas, e que as exportações alcancem 1,7 milhão de toneladas (+19%). A colheita argentina, por sua vez, deve aumentar 39%, para 358 mil toneladas, enquanto a previsão é de que as vendas se elevem para 186 mil toneladas (+57%). Quanto aos preços, dada as atuais projeções de produção e consumo, o Icac espera que os ganhos sejam modestos até o final da temporada. A atual projeção para a média de final de ano do Índice Cotlook A é de 80 centavos de dólar por libra-peso. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.