30/Jan/2020
A comercialização interna de algodão evolui pouco. Os preços firmes da pluma mantêm os compradores recuados. Fábricas demandam apenas lotes pontuais para consumo imediato, enquanto vendedores dispõem de pouca fibra de qualidade superior. O indicador Cepea/Esalq com pagamento em 8 dias está cotado a R$ 2,79 por libra-peso. No mês, o ganho acumulado é de 3,9%. Nesta semana, no interior de Mato Grosso do Sul, rodaram lotes de fibra de qualidade superior a R$ 2,70 por libra-peso para entrega imediata, conta corretor local. Em São Paulo, a falta de acordo entre o que pede o vendedor e indica a fábrica contribui para limitar as negociações. Industriais sugerem R$ 2,70 por libra-peso para abaixo, enquanto produtores pedem no mínimo R$ 2,80 por libra-peso. Nessa queda de braço, contratos são fechados em torno de R$ 2,75 por libra-peso. Fábricas procuram também pluma para entrega futura.
Lotes para serem entregues em agosto em indústria na capital paulista estão sendo negociados por volta de R$ 2,80 por libra-peso. As exportações também têm avançado pouco. Praticamente não tem produto para abastecimento do mercado interno, muito menos para exportação. Importadores terão de aguardar lotes da próxima safra. Apenas lotes de características específicas são demandados pelos compradores externos. As notícias sobre possíveis importações da China são aguardadas também pelo mercado futuro. O aumento de 17,8% no volume de algodão adquirido pelo país entre 2018 e 2019 pode sustentar as cotações futuras. No acumulado do ano passado, chineses importaram 1,85 milhão de toneladas da pluma, ante 1,57 milhão de toneladas compradas em 2018. É uma notícia positiva, porque mostra que as importações de fibra natural pelo país estão crescendo mesmo com a manutenção das tarifas retaliatórias sobre produto adquirido dos Estados Unidos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.