29/Jan/2020
Os preços do algodão em pluma continuam subindo, devido à posição firme de vendedores. Os negócios estão em ritmo lento, por causa da queda de braço entre compradores e vendedores, que ora cedem quanto ao preço, ora pela qualidade, resultando em alguns fechamentos. Em relação às exportações, apesar da queda na parcial de janeiro, estão bem acima das registradas no primeiro mês de 2019. Assim, nos últimos sete dias, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registrou elevação de 3,5%, para R$ 2,7951 por libra-peso. Na parcial de janeiro, o Indicador acumula alta de 3,9%. Frente a dezembro/2019, a média está 1,7% superior, mas, na comparação com janeiro/2019, a queda é de 15,2%, em termos reais, com valores deflacionados pelo IGP-DI de dezembro/2019.
Em dólar, o Indicador à vista tem média de 65,05 centavos de dólar por libra-peso na parcial de janeiro, 17,8% inferior à do Índice Cotlook A (referente à pluma posta no Extremo Oriente), que é de 79,11 centavos de dólar por libra-peso, e 7,4% abaixo do primeiro vencimento da Bolsa de Nova York (de 70,25 centavos de dólar por libra-peso). Nos últimos dias, foram apresentados alguns lotes de qualidade superior, mas a maioria ainda tem ao menos uma característica, seja de cor, micronaire ou resistência, limitando a liquidez. Parte dos compradores, por sua vez, esteve mais cautelosa, analisando os HVI’s antes de ofertar valores no mercado. Vale considerar que, diante da dificuldade de encontrar a pluma dentro das especificações desejadas na Bahia, houve negócios envolvendo o produto de Mato Grosso.
Além disso, algumas indústrias nacionais buscaram realizar programações com valores pré-fixados para atender à demanda, principalmente, ao longo do primeiro semestre de 2020. Já as tradings, atentas aos valores internacionais, disponibilizam lotes no mercado interno a preços superiores, ao mesmo tempo em que também ofertam valores maiores para novas aquisições no spot. De modo geral, agentes estão atentos aos embarques dos contratos firmados anteriormente. A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship) Porto de Paranaguá é de R$ 2,89 por libra-peso. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), os contratos estão pressionados pela desvalorização do petróleo e pela elevação do dólar no mercado internacional – ambos os fatores tendem a tornar a fibra norte-americana menos competitiva. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.