22/Jan/2020
As fiações já começaram janeiro com boa parte da produção comprometida, cenário que deve permanecer em fevereiro. Assim, foram poucas as efetivações com entregas ainda para este mês. Quanto aos preços, os estoques reduzidos, a necessidade de reposição e a valorização da matéria-prima estão elevando as cotações. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção no segmento de “preparação e fiação de fibras têxteis” recuou 3,9% entre novembro/2018 e novembro/2019 (dados mais recentes disponíveis), enquanto entre novembro/2017 e novembro/2018 a queda havia sido de 1,4%.
O segmento de “tecelagem, exceto malha”, caiu apenas 0,4% entre novembro/2018 e novembro/2019 frente à queda de 3,1% registrada no período anterior; “fabricação de artefatos têxteis, exceto vestuário” registrou baixa de 3,2% (contra +2,1% no período anterior) e “confecção de artigos do vestuário e acessórios” recuou 0,7% (-3,7% entre novembro/2017 e novembro/2018). O segmento de “fabricação de tecidos de malha” registrou queda de 2,6% entre novembro/2018 e novembro/2019 (contra 2,3% registrado anteriormente), e o segmento de “fabricação de artigos de malharia e tricotagem” caiu 0,6%. No período anterior, a baixa havia sido de expressivos 14,8%.
Quanto à cadeia têxtil, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicam que, em dezembro/2019, o dispêndio com as importações totalizou US$ 312,3 milhões, recuo de 8,6% frente ao mês anterior, mas aumento de 4% em relação ao de dezembro/2018. Quanto à receita obtida com as exportações, somou US$ 516,95 milhões em dezembro/2019, elevação de 4,1% frente à do mês anterior e de 13,4% se comparada ao mesmo período de 2018. Nesse cenário, a balança comercial em 2019 foi deficitária em US$ 1,27 bilhão, 45,6% menor que a verificada de janeiro a dezembro de 2018 (US$ 2,34 bilhões).
Para os demais segmentos, o único que registrou superávit em 2019 foi o de fibras têxteis, com US$ 2,35 bilhões, 74,7% maior que o de um ano atrás (US$ 1,34 bilhão). O de confecções, por sua vez, registrou déficit de US$ 1,73 bilhão, 7% menor que o do mesmo período do ano anterior. Em seguida, o segmento de tecidos teve saldo negativo, de U$S 844,25 milhões, 9,3% superior ao déficit de 2018; o de outras manufaturas ficou deficitário em US$ 456,4 milhões, alta de 6,7% frente ao total de 2018. Para o segmento de filamentos, o saldo negativo foi de US$ 430,8 milhões, 5,8% maior frente a 2018, enquanto o de fios recuou 25,6% no mesmo comparativo (US$ 162,5 milhões). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.