29/Ago/2019

A comercialização de algodão no mercado interno continua enfraquecida. Apenas negócios pontuais e de volume pouco expressivo são fechados. As indústrias têxteis entram no mercado eventualmente, para reposição de estoques. Os preços oferecidos, no entanto, não despertam interesse de venda e produtores seguram a oferta disponível. No spot, o preço registra recuo de aproximadamente 2% nos últimos sete dias, passando de R$ 2,45 por libra-peso para R$ 2,40 por libra-peso, para mercadoria colocada em indústria de São Paulo, Paraná ou Santa Catarina. As fábricas ainda estão recebendo compras que já tinham efetuado. Como o mercado de fios e tecidos está fraco, elas consomem os estoques. Por isso, não estão presentes no mercado.

Os produtores também seguram a oferta da safra atual (2018/2019) e dão preferência ao cumprimento de contratos fechados previamente. O preço de referência está entre R$ 2,35 por libra-peso a R$ 2,40 por libra-peso, para entrega imediata em São Paulo. O recuo nos preços também é observado no Indicador Cepea/Esalq, que registra queda. As indústrias indicam valores inferiores aos pedidos por vendedores, limitando os fechamentos. O Indicador, com pagamento em 8 dias, apresenta queda de 0,72% nos últimos sete dias, passando de R$ 2,47 por libra-peso para R$ 2,45 por libra-peso. No mês, a queda acumulada é de 2,04%. O ritmo também é lento nas vendas para entrega na próxima safra (2019/2020).

O recuo nas cotações praticadas na Bolsa de Nova York, que influencia o preço nacional, afasta os produtores da comercialização futura. A indicação é de 200 pontos acima do contrato dezembro da Bolsa. A exportação também travou, porque, apesar de o dólar estar próximo dos R$ 4,20, favorável para as vendas externas, a queda na ICE Futures está compensando a vantagem. Na Bolsa de Nova York, os futuros de algodão registram recuo de 2% nos últimos sete dias. Na sessão desta quarta-feira (28/08), o vencimento dezembro, o mais líquido, ganhou 81 pontos (1,40%) e fechou a 58,73 centavos de dólar por libra-peso. Os preços da pluma, entre outros fatores, estão reagindo ao acirramento na disputa comercial entre Estados Unidos e China, com promessas de tarifas retaliatórias sobre produtos agrícolas dos dois lados. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.