21/Ago/2019
No mês de julho e na parcial de agosto, as negociações de fios estão mais aquecidas, influenciadas pela produção da nova coleção de verão. As efetivações seguem envolvendo fios 100% algodão e os mistos, especialmente com poliéster. A posição cautelosa dos agentes se dá pelo ritmo de vendas no atacado e no varejo, que está lento. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento de “preparação e fiação de fibras têxteis” recuou 2,6% entre junho/2018 e junho/2019 (últimos dados disponíveis), enquanto entre junho/2017 e junho/2018 registrou alta de 1,2%.
O segmento de “tecelagem, exceto malha” recuou 1,9% entre junho/2018 e junho/2019 (no período anterior, foi registrada queda de apenas 0,1%); “fabricação de artefatos têxteis, exceto vestuário” recuou 3,3% (contra +7% no anterior); “confecção de artigos do vestuário e acessórios” caiu 1,6% (-0,2% entre junho/2017 e junho/2018). O segmento de “fabricação de tecidos de malha” registrou queda de 2,6% entre junho/2018 e junho/2019 (mesmo valor registrado no período anterior) e o segmento de “fabricação de artigos de malharia e tricotagem” recuou 4,6%. No período anterior, a baixa havia sido de 16,5%.
Quanto à cadeia têxtil, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em julho/2019, o dispêndio com as importações totalizou US$ 715,4 milhões, altas de expressivas de 108,4% frente ao mês anterior e de 74,8% em relação ao mês de julho/2018. Quanto à receita com as exportações, somou US$ 310,5 milhões em julho/2019, aumento significativo frente a julho/2018 (US$ 77,3 milhões) e 42,4% superior à de junho/2019. Nesse cenário, a balança comercial nos primeiros sete meses de 2019 foi deficitária, em US$ 1,38 bilhão, 31,3% menor que a observada de janeiro a julho de 2018 (US$ 2,01 bilhão). Para os demais segmentos, na parcial de 2019 (janeiro-julho), o de confecções registrou déficit de US$ 1,089 bilhão, 9% inferior ao do mesmo período do ano anterior.
O setor de tecidos teve saldo negativo de US$ 502 milhões, 14,1% maior que os primeiros sete meses de 2018. O de outras manufaturas ficou deficitário em US$ 261,14 milhões, aumento de apenas 0,4% frente ao mesmo período do ano passado, e o de filamentos teve saldo negativo de US$ 274,3 milhões, 11,2% maior se comparado a janeiro a julho de 2018. O segmento de fibras têxteis registrou superávit no mesmo período, de US$ 836,4 milhões, com o saldo sendo expressivamente maior que os US$ 270,6 milhões observados de janeiro-julho do ano anterior (+209%). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.