24/Jul/2019
No mercado de fios, apesar dos agentes ainda relatarem que as vendas estão enfraquecidas e que há estoques tanto de fios como de produtos acabados, na parcial de julho, vários fechamentos foram realizados, ainda que a maioria dos negócios envolva pequenos volumes. As efetivações ainda são de fios tanto 100% algodão como de mistos, com poliéster, especialmente. Vale considerar que algumas empresas reduziram o ritmo de produção, enquanto outras optaram por dar férias. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento de “preparação e fiação de fibras têxteis” recuou 4,6% entre maio/2018 e maio/2019 (últimos dados disponíveis), enquanto entre maio/2017 e maio/2018, registrou alta de 3,3%. O segmento de “tecelagem, exceto malha” teve baixa de 2,9% entre maio/2018 e maio/2019 (no período anterior, foi registrado aumento de 1,3%); “fabricação de artefatos têxteis, exceto vestuário” recuou 2,5% (sendo +7,7% no anterior); “confecção de artigos do vestuário e acessórios” caiu 1,7% (+0,1% entre maio/2017 e maio/2018).
O segmento de “fabricação de tecidos de malha”, registrou queda de 1,7% entre maio/2018 e maio/2019 (no período anterior, teve recuo de 3,2%) e o segmento de “fabricação de artigos de malharia e tricotagem” teve queda de 7%; no período anterior, a baixa havia sido de 14,2%. Para a cadeia têxtil, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em junho/2019, o dispêndio com as importações totalizou US$ 343,3 milhões, quedas de 6,9% frente ao do mês anterior e de 10,2% em relação ao mês de junho/2018. Quanto à receita com as exportações, somou US$ 218,1 milhões em junho/2019, expressivo aumento frente a junho/2018 (US$ 95,2 milhões), mas 1,1% inferior à de maio/2019.
Nesse cenário, a balança comercial no primeiro semestre de 2019 foi deficitária em US$ 979,1 milhões, 41,8% menor que a observada de janeiro a junho de 2018 (US$ 1,68 bilhão). Para os demais segmentos, no primeiro semestre, o de confecções registrou déficit de US$ 848,2 milhões, 20,1% inferior ao do mesmo período do ano anterior. O setor de tecidos teve saldo negativo de US$ 368,6 milhões, 1% menor que os primeiros seis meses de 2018. O de outras manufaturas ficou deficitário em US$ 187,95 milhões, queda de 12,2% frente ao mesmo período do ano passado e o de filamentos, saldo negativo de US$ 197,95 milhões, 3,3% menor se comparado a janeiro a junho de 2018. O segmento de fibras têxteis registrou superávit no mesmo período, de US$ 698,5 milhões, com o saldo sendo expressivamente maior que os US$ 288,1 milhões observados no primeiro semestre do ano anterior (+142,5%). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.