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02/Jul/2019

Safra 2019/2020: ajuste na previsão de produção

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) fez um leve ajuste na previsão de safra de algodão do Brasil em 2018/2019, de 2,814 milhões para 2,830 milhões de toneladas de pluma. Até agora, São Paulo registra a maior parte do algodão colhido e a produção ficou dentro do esperado. Hoje, a colheita está avançando na Bahia e em Minas Gerais. Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão bem no início dos trabalhos, mas devem manter a produção dos últimos anos. A qualidade está se mostrando excepcional neste ano. Em Mato Grosso, as chuvas no fim do desenvolvimento não causaram prejuízos expressivos, mas podem levar a um atraso na colheita. O produtor perdeu um pouco com a chuva, mas foi possível recuperar uma parte.

Porém, as chuvas atrasaram um pouco um ciclo. Houve ajustes para cima na expectativa de produção de Minas Gerais, de 72.632 toneladas para 75.100 toneladas, de Mato Grosso do Sul, de 67.534 toneladas para 68.047 toneladas, de Mato Grosso, de 1.867.987 toneladas para 1.882.738 toneladas, e do Piauí, de 27.625 toneladas para 29.228 toneladas. Por outro lado, foram revisados para baixos os números de safra da Bahia, de 629.183 toneladas para 625.643 toneladas, e do Maranhão, de 47.509 toneladas para 47.507 toneladas. O aumento da área plantada no País foi de 37,7% em 2018/2019, para 1,633 milhão de hectares, enquanto a expectativa de produtividade média é de 1.733 quilos por hectare, 4,6% abaixo do ciclo anterior.

A estimativa é de que dois terços da safra já foram vendidos pelos produtores. O volume remanescente tende a ser ofertado no País a partir do mês que vem. O algodão tem todo o trâmite, após colher, tem que beneficiar, classificar, para depois ficar à disposição do mercado, mas, a partir de agosto, haverá maiores volumes de algodão no mercado. Os recuos recentes dos preços futuros na Bolsa de Nova York preocupam para a atual safra, mas têm maior impacto nas decisões sobre a safra 2019/2020, que será semeada no fim do ano. Não há aumento de área previsto devido à queda dos preços, mas não deve haver uma redução significativa. A previsão é manutenção da área estável em 2019/2020.

Quanto à preparação para a safra 2019/2020, os custos dos insumos se mantiveram, mas a grande incógnita é o preço, devido à incerteza sobre as discussões comerciais entre Estados Unidos e China. Os Estados Unidos ficaram bastante tempo fora da negociação com a China, o estoque norte-americano cresceu. Mesmo se houver um acordo entre os dois países, a China ainda deve demandar algodão brasileiro. Os compradores chineses estão se mostrando bastante interesse de compra no Brasil. Eles estão atentos ao produto brasileiro, e o Brasil está se mostrando com uma qualidade igual à do algodão norte-americano. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.