07/Jun/2019

A negociação de algodão segue em ritmo lento no disponível, com fábricas adquirindo pouca fibra devido às vendas fracas de fios e atentas aos preços mais baixos quando a safra 2018/2019, que começa a ser colhida, chegar com mais força ao mercado. Há registro de negócios, mas com comerciantes. As fábricas estão comprando pontualmente. Várias fiações estão diminuindo a produção, uma vez que a venda está fraca e não tem perspectiva de aumentar rapidamente. As indústrias estão lentas nas compras de algodão porque não conseguem colocar o produto pronto no mercado.

A partir da segunda quinzena de junho deve começar a entrar algodão de Goiás e da Bahia. Enquanto as indústrias indicam R$ 2,60 por libra-peso, tanto para pronta entrega quanto para entrega em julho, os vendedores indicam R$ 2,80 por libra-peso. Os comerciantes dão liquidez ao mercado, mas, para isso, precisam desembolsar os preços desejados por produtores. Para exportação, há pouca movimentação. Os futuros na Bolsa de Nova York recuaram e até se recuperaram, mas não chegaram aos níveis de antes.

Os vendedores indicam 80,00 centavos de dólar por libra-peso FOB no Porto de Santos (SP), para entrega no segundo semestre de 2019, enquanto os compradores indicam de 150 a 200 pontos sobre o vencimento dezembro de 2019. Com o aumento esperado da oferta de algodão no mundo e no Brasil, a rentabilidade da cultura pode ser menor em 2019/2020 ante os ciclos anteriores. Os prêmios no Brasil também começam a cair em virtude da expectativa de ampla oferta nos próximos meses. O cenário é de preços mais acomodados, prêmios menores e ciclo de caixa maior. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.