31/Mai/2019
O Brasil se firmou como exportador de algodão para a China, ocupando o espaço dos Estados Unidos, após a guerra comercial entre os países. A Austrália também aumentou a sua participação. Assim, os maiores fornecedores para a China atualmente são Austrália e Brasil, cenário muito diferente do ano passado. A mudança foi muito rápida. O algodão norte-americano ficou 25% mais caro para a China, que buscou outras origens.
O cenário de continuidade da guerra comercial tem feito com que fundos vendam contratos na Bolsa de Nova York. A maior demanda chinesa por algodão brasileiro influenciou no aumento dos embarques do País, que já exportou mais de 430 mil toneladas de janeiro a maio, contra um volume próximo de 230 mil no ano passado. A China representa, de janeiro a abril, 26% do volume exportado, foi o maior comprador do algodão do Brasil no período, seguida por Bangladesh e Vietnã. Em igual período do ano passado, a China tinha só 2% de participação nas exportações brasileiras.
A China, maior consumidor de algodão do mundo, viu no Brasil um substituto muito similar ao algodão norte-americano. Em contrapartida, o País perdeu origens. A Turquia está sendo mais atendida pelos Estados Unidos principalmente. Na safra 2018/2019, o Brasil plantou a maior área de algodão desde a safra 1991/1992, terá a segunda maior produtividade da história e uma produção recorde da fibra. Apesar da forte demanda da China, o Brasil está com uma safra muito robusta e há muita oferta no País. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.