17/Mai/2019
A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) projeta estabilidade na área plantada de algodão no Brasil em 2019/2020, depois de um forte crescimento no ciclo 2018/2019. Em 2018/2019, o Brasil plantou 1,5 milhão de hectare e é provável que está área seja mantida em 2019/2020. A produção brasileira quase dobrou em três anos, de 2015 a 2019. O Brasil é um dos países com probabilidade de grande crescimento no algodão, mas vai depender do mercado. Se os níveis de preço atuais forem mantidos, no futuro próximo o Brasil vai ser o maior exportador mundial.
Hoje, o País só perde para os Estados Unidos. As dificuldades logísticas e os custos de produção limitam os avanços de área no momento. Sobre os preços, o cenário é de produção mundial maior, especialmente devido à maior área colhida nos Estados Unidos após os problemas da safra passada e à demanda crescendo devagar, com a concorrência de fibras sintéticas. O cenário é de redução de preços em relação às safras anteriores. Quanto à safra 2018/2019, que está no campo, apesar da projeção da Câmara Setorial do Algodão ainda ser de 2,8 milhão de toneladas, a produção pode ficar mais próxima da projetada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 2,7 milhão de toneladas.
São Paulo já iniciou a colheita na região de Holambra e está colhendo o esperado. O próximo passo é a Bahia, que começa a colher em 30 dias. Em Mato Grosso está chovendo mais que o normal, mas ainda é cedo para falar em perdas, porque a lavoura está em desenvolvimento. A safra está se desenvolvendo bem. O Brasil tem possibilidade de expandir exportação, mas é preciso investir em logística para escoamento do produto e divulgação da qualidade e sustentabilidade da safra brasileira no exterior. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.