24/Abr/2019

No mercado de fios, ainda que boa parte dos agentes tenha relatado que as vendas permanecem enfraquecidas, vários negócios foram captados na parcial de abril, em geral, para carregamento no curto prazo. As efetivações envolveram fios tanto 100% algodão como os mistos, com poliéster especialmente. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento de “preparação e fiação de fibras têxteis” recuou 4,6% entre fevereiro/2018 e fevereiro/2019 (últimos dados disponíveis), contra alta de 4,4% entre fevereiro/2017 e fevereiro/2018. O segmento de “tecelagem, exceto malha” decresceu 4,8% entre fevereiro/2018 e fevereiro/2019 (no período anterior, foi registrado aumento de 4,3%); “fabricação de artefatos têxteis, exceto vestuário” recuou 1% (sendo +8,9% no anterior); “confecção de artigos do vestuário e acessórios” caiu 2,7% (+2,4% entre fevereiro/2017 e fevereiro/2018).

O segmento de “fabricação de tecidos de malha” registrou queda de 2,4% entre fevereiro/2018 e fevereiro/2019 (no período anterior, havia tido recuo de 1%) e o segmento de “fabricação de artigos de malharia e tricotagem” decresceu expressivos 12,1%, contra baixa de 7,4% no período anterior. Quanto à cadeia têxtil, em março/2019, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam que o dispêndio com as importações totalizou US$ 404,98 milhões, queda de 7,4% frente ao mês anterior e baixa de 19,3% em relação ao de março/2018. Quanto à receita com as exportações, aumentou 14,2% em março/2019, somando US$ 238,8 milhões. Esse montante superou em 44,7% o de março/2018.

Nesse cenário, a balança comercial nesse primeiro trimestre de 2019 foi deficitária, em US$ 583,3 milhões, sendo 30,9% menor que a observada em janeiro-março de 2018 (US$ 844,2 milhões). Para os demais segmentos, em março, o de confecções registrou déficit de US$ 185,2 milhões, 22,1% menor que o do mesmo período do ano anterior. Em seguida, o setor de tecidos teve saldo negativo, de U$S 74,76 milhões, 1,4% maior que o de março/2018; o de outras manufaturas ficou deficitário em US$ 25,92 milhões, superando em 26,3% o do terceiro mês de 2018, e o de filamentos, de US$ 26,9 milhões, 9,9% menor se comparado ao de março/2018. O segmento de fibras têxteis registrou superávit em março/2019, de US$ 158,19 milhões, com o saldo sendo expressivamente maior que os US$ 54,47 milhões observados em março/2018 (+190,4%). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.