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12/Mar/2021

Fundos de commodities atraindo os investimentos

Em tempos de incertezas fiscais e políticas como as atuais, com dólar próximo do patamar de R$ 6,00 os gestores de fundos estão atentos a alternativas que tragam retornos reais no horizonte de longo prazo e que não sejam impactados negativamente pela variação da moeda. Entre as tendências mais recentes está o surgimento de novos fundos de investimentos em commodities, inclusive também com o advento para este ano do Fiagro, fundos de investimentos no agronegócio, que serão muito similares em regulação aos fundos de investimentos imobiliários. Como as commodities são cotadas em dólar, a variação da moeda se reflete nesse tipo de investimento. Os fundos de commodities possuem um grande potencial por causa do ciclo de alta. A demanda por commodities está numa crescente há 20 anos, puxada pela China, mas também por outros países da Ásia. Nesse ambiente, fundos com papéis em grãos (milho, soja), proteína (frango, carne bovina) e açúcar e etanol, além de recebíveis de toda a cadeia de logística vinculada ao agronegócio prosperam.

Além de certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs), o Fiagro tende a ganhar impulso nesse ambiente de crescente demanda por alimentos no mundo. Além do setor de alimentos, os demais segmentos já estão surfando nas altas dos preços. Desde o ano passado aumentou a demanda por minério de ferro, aço e carvão térmico para Ásia, principalmente para China, a oferta não acompanhou e os preços subiram. Em 2021, há uma mudança na demanda para commodities ESG."A indústria de carros elétricos está puxando a demanda por metais como cobre, níquel e platina do Peru e do Chile. Com a pandemia, tudo parou, mas os consumidores continuam consumindo carros elétricos. O mercado reclama até da falta de suprimentos para a indústria automotiva clássica. A demanda cresceu, enquanto a oferta dos insumos não acompanhou. Para se produzir mais, é preciso permissões e licenças ambientais em novas áreas de exploração mineral. São poucos os projetos para aumentar a produção. Ainda há muitos estímulos monetários nos mercados globais.

Mas, há o risco mais para frente de haver uma pausa ou uma retirada dessa liquidez. Para o horizonte de longo prazo, é importante diversificar uma parte do portfólio de investimentos em commodities, ações de empresas de commodities e fundos de commodities. A aposta maior é na classe de ativos, os preços das commodities tinham subido mais que as ações de empresas de commodities, por isso, a estratégia é de uma alocação hipersetorial: minério de ferro, aço, metais básicos, níquel, zinco e cobre, café e proteínas. O gestor, num fundo, vai se adaptando a cada cenário. Outra alternativa para o horizonte de longo prazo, são os novos fundos de previdência multimercados que estão substituindo aos poucos, os antigos fundos de previdência de renda fixa carregados de pós-fixados. É uma alternativa de poupança de longo prazo por causa dos benefícios fiscais, na tabela regressiva se paga menos tributos, mas o investidor precisa pesquisar um pouco mais, pois são produtos com um custo mais caro. Mas, os fundos multimercados são mais baratos (em taxas de administração). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.