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12/Mar/2021

Empresas locais dão menor peso à ameaça climática

Dois temas que entraram de vez nas discussões do mundo corporativo com a pandemia de Covid-19 se firmaram entre os mais observados por CEOs de diferentes países na prevenção das empresas aos riscos externos da atividade: mudanças climáticas e ameaças cibernéticas. Os executivos brasileiros, porém, se preocupam menos com ambos do que a média mundial ao gerir riscos. As conclusões estão na 24ª Pesquisa Global com CEOs da PwC, divulgada nesta quinta-feira (11/09). Em todo o mundo, as mudanças climáticas foram citadas por 30% dos executivos como uma das ameaças ao crescimento das empresas que comandam, alta de 6% em um ano. No Brasil, a alta foi ainda maior: as citações subiram de 14% dos entrevistados para 35% entre as duas edições do levantamento.

Ainda assim, a mudança climática e os danos ambientais são menos levados em consideração pelos executivos brasileiros ao gerenciar riscos estratégicos: 32% deles colocam os dois temas na balança, ante 40% dos CEOs mundiais. Pandemias (67%), aumento de tributos (59%), crescimento incerto (58%) e volatilidade cambial (56%) são fatores mais levados em conta. O recorte brasileiro demonstra uma maior preocupação, mas não tão exacerbada quanto a que acontece no exterior. No Brasil, essa preocupação foi solapada pelos problemas da pandemia, e pela preocupação dos empresários com ela. Mas, de fato, o meio ambiente precisa de mais cuidado. Empresas de outros países também precisaram parar e repensar suas operações quando a pandemia estourou, no primeiro trimestre de 2020. A diferença entre elas e seus pares brasileiros é que, no Brasil, a pandemia teve uma gestão menos articulada.

Nos demais países, houve uma coordenação muito maior entre empresários e governos. Tendência parecida prevaleceu quando se trata de ameaças cibernéticas: 44% dos CEOs brasileiros as levam em consideração ao gerenciar riscos, ante 59% dos CEOs mundiais. Isso não significa que o tema é menos importante, mas que a crise trazida pela pandemia, em muitos aspectos sem precedentes, obrigou o empresariado local a atentar antes para os potenciais danos de deficiências históricas do ambiente de negócios local. A preocupação existe, mas não está no mesmo nível porque problemas históricos foram colocados à frente. A pesquisa da PwC foi realizada com 5.000 CEOs de todo o mundo entre janeiro e fevereiro. O Brasil foi o oitavo país com a maior quantidade de participantes. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.